Agostinho e a Intercessão dos Santos

Refutação ao Hugo Payens sobre suposta citação de Santo Agostinho em favor da intercessão dos santos "mortos" pelos vivos aqui na terra.



Refutação ao Hugo Payens sobre suposta citação de Santo Agostinho em favor da intercessão dos santos "mortos" pelos vivos aqui na terra.











"É verdade que os cristãos rendem honra religiosa à memória dos mártires, para excitar-nos a imitá-los, e para obter parte dos seus méritos, e a assistência das suas orações. Mas não construímos altares a nenhum mártir, mas ao Deus dos mártires, ainda que seja para a memória dos mártires (...) A oferta se faz a Deus, que deu a coroa do martírio, enquanto é em memória dos assim coroados (...) Consideramos os mártires com a mesma intimidade afectuosa que sentimos pelos homens santos de Deus nesta vida, quando sabemos que os seus corações estão preparados para suportar o mesmo sofrimento pela verdade do evangelho. Há mais devoção nos nossos sentimentos pelos mártires, porque sabemos que a sua luta terminou; e podemos falar com mais confiança em louvor daqueles já vencedores no céu, que dos que ainda combatem aqui. O que é culto propriamente divino, que os gregos chamam latria, e para o qual não há palavra em latim, tanto na doutrina como na prática, o damos só a Deus. A este culto corresponde a oferta de sacrifícios; como vemos na palavra idolatria, que significa dar este culto a ídolos. Consequentemente, nunca oferecemos, nem exigimos de ninguém que ofereça, um sacrifício a um mártir, ou a uma alma santa, ou a algum anjo. Qualquer que caia neste erro é instruído pela doutrina, quer seja como correcção ou como advertência. Pois os próprios seres santos, sejam santos ou anjos, se recusam a aceitar o que sabem que se deve só a Deus (...) Sacrificar aos mártires, mesmo jejuando, é pior que voltar a casa intoxicado da festa; sacrificar aos mártires, digo, o que é muito diferente que sacrificar a Deus em memória dos mártires, como o fazemos constantemente, da maneira requerida desde a revelação do Novo testamento, pois isso pertence ao culto ou latria que se deve só a Deus."(Agostinho (Contra Fausto, XX).


Os Cruzados Católicos, poderiam me dizer, onde no texto Agostinho ensina que devemos prestar culto aos santos mártires?

E em resposta a vossa indagação, sobre " Onde defunto significa Santo?"

Leiam:

"Que nossa religião não seja culto aos mortos. Se eles viveram na piedade não se comprazem com tais honras, antes querem que adoremos Aquele em cuja luz eles mesmos se alegram ao ver-nos associados a seus méritos. Honremo-los, pois, imitando-os e não os adorando. E se viveram mal, onde quer que estejam, nenhum culto merecem."
(A verdadeira religião, de Santo Agostinho, pag 141, de edição católica, link: https://mega.co.nz/#!BVFilKqI!PPIXYeyScLEe4n0aAIGUL4cmF5hCLrnE7Fm2bI3LsrY)

A que mortos o texto se refere? Ora, aos que viveram na piedade, ou em outras traduções, em santidade. E quem são esses?? Não são os santos? Aff os moleques cruzados não sabem nem ler um texto direito e querem discutir o que??

Vamos ver o que o tal Hugo de Payens, ou os seguidores iletrados do Paulo Leitão e Antonio Cavalcante vão fazer agora. Pois até aqui, tiveram todas as objeções derrubadas, e sabem disso, se não, não viriam com apelos emocionais e ataques pessoais.

"Uma coisa é adorar um quadro e outra aprender pela história narrada no quadro o que há que adorar... De modo que se alguém quer fazer imagens, não o proibais, mas tomai todas as medidas para evitar a adoração das imagens.... e fazei que o povo, humildemente se prostre em honra do Todo-poderoso e da Santíssima Trindade SOMENTE" (GREGÓRIO MAGNO, à Sereno de Marselha, Epístola CV, e Epístola XIII).

Att: Elisson Freire.
Licenciado e Pós-graduado em História. Bacharelando em Teologia. Cristão de tradição batista e acadêmico em apologética cristã...
(Saiba mais)

4 comentários

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  1. Que os santos mártires orem por nós para que não nos limitemos a celebrar suas festas solenes,mas que também imitemos seus costumes.(Santo Agostinho, sermão 299)
    1. Ora, Agostinho certamente cria que os santos depois de partirem, tinham não só consciência de suas vidas passadas aqui na terra, como se lembram de seus entes e algozes que ficaram, e de algum modo cria que eles podem sim orar por eles. Mas de maneira alguma vemos Agostinho mencionando que se deva dirigir orações a tais santos.
  2. “Estamos acostumados a ouvir as histórias que contém os milagres realizados por Deus graças às orações do bem-aventurado mártir Estevão. O relato que este homem apresenta é ele mesmo: apenas olhem para ele; em vez de escrever, seu rosto o mostra. Aqueles que se lembram de ver ele com dor, agora veem com alegria o que tem diante dos olhos, para maior honra de Deus nosso Senhor e para que se grave em vossa memória o que está escrito neste relato particular. Peço licença, senão prolongo este sermão por mais tempo, pois conhecem o meu cansaço. As orações de Santo Estevão me possibilitaram fazer ontem tantas coisas em jejum, sem desmaiar (...)” (Sermão 320)

    Santo Agostinho afirma que todos estão «acostumados» a ouvir histórias de milagres realizados com o consórcio de Santo Estevão. E ainda não se opôs, nem fez ressalva alguma quanto a este fato.

    O próprio bispo de Hipona afirmou que a intercessão do mártir o ajudou a fazer tantas coisas em jejum, sem que desmaiasse, no dia anterior ao sermã…