Refutando os principais argumentos da apologética católica acerca dos livros apócrifos.



Apócrifos


Quando se trata de discutir acerca dos livros deuterocanônicos, os apologistas católicos e neófitos defensores papais, tem a péssima mania nauseante de não prestar atenção em nada que lhes contradite. Você pode expor uma série de argumentos, evidências, provas, contudo como são ignorantes seletivos, vão isolar o que lhes refuta e aplicar todo tipo de ataque espantalho ora repetindo o que já foi respondido, ou no caso, distorcendo os argumentos.

Então, pensando nisto, decide elaborar este artigo com as principais objeções que eles usam e respondendo a cada uma delas de maneira a não dar margem alguma para os apelos e distorções que fazem e tentam aplicar desonestamente. E ainda que eles insistam em repetir a mesma ladainha que já sabemos que de nada lhes serve, no fim do artigo após a conclusão apologética, há uma serie de perguntas bem objetivas que que por si mesmas servem de uma boa refutação, encerrando o debate a respeito e deixando o católico que se propõe a continuar como pombo enxadrista, completamente sem qualquer defesa e ação, restando a ele, abandonar a discussão sabendo que seus recursos de nada lhe serviram.

As principais objeções católicas em defesa dos livros deuterocanônicos e a resposta apologética para cada uma delas.




I
Martinho Lutero disse que o cânon verdadeiro era o judaico de Jâmnia, discutido e decidido no sul da Palestina. Como pode então os protestantes avalizarem um Concilio Judaico se foram eles que mataram a Jesus?


Lutero
RESPOSTA:

É fato que o cânon não foi decidido em Jâmnia e se Lutero afirmou isso, ele ficou sozinho nessa.

O Concílio de Jâmnia, apenas referendou o AT com os 39 livros, não incluindo os apócrifos: "os estudiosos concordam que o concílio não determinou quais livros pertenciam ao Antigo Testamento. Ele confirmou oficialmente o que a maioria vinha reconhecendo a várias gerações. Em outras palavras, o concílio deu o endosso oficial a certos livros, apenas confirmando o que criam ter sido sempre verdade" (Descobrindo o AT, Cultura Cristã, pág. 23).


Antes mesmo de Jâmnia, o maior historiador judeu do primeiro século, Flávio Josefo (nascido no ano 37 depois de Cristo), nos diz que:

“desde Artaxerxes [ou seja, desde o ano 423 antes de Cristo] até os nossos dias foi escrita uma história completa, mas não foi julgada digna de crédito igual ao dos registros mais antigos, devido à falta de sucessão exata dos profetas”.

A afirmação de Josefo é que em seus dias, e portanto nos dias em que Cristo esteve na terra, os Judeus não aceitavam quaisquer livros que tivessem sido escritos depois de 423 a.C., o último livro que eles reconheceram como bíblico era Malaquias (escrito em 435 a.C.).

Vale lembrar que todos os livros que hoje chamamos de apócrifos foram escritos após esta data. Josefo, em sua obra, ainda enumera como Escrituras hebraicas os mesmos livros que adotamos; ele ainda diz: "Só temos 39 livros, os quais temos justa razão para crermos que são divinos". (Resposta a Ápio, livro I).

Fato ignorado pelos católicos é que ''no que dizia respeito às Escrituras, os rabinos de Jamnia não introduziram inovações. Examinaram a tradição que tinham recebido e a deixaram mais ou menos intacta. Provavelmente não é sábio falar de um Concílio ou Sínodo de Jamnia que tenha estabelecido os limites do cânon do Antigo Testamento''( F.F. Bruce, O Cânon das Escrituras (Editora Hagnos, 1a Edição, 2011), pág. 33.)
Outro fato importante trata-se de Filo, um mestre judeu alexandrino (20 a.C.- 40 d.C.), ele citava o AT abundantemente, utilizando quase todos os livros canônicos, mas nunca citou os apócrifos como inspirados.

E que os judeus não aceitavam estes sete livros, é fato reconhecido até mesmo pela Igreja Católica:


Os judeus "só aceitam como inspirados o cânon hebraico de 39 livros. Eles rejeitam os sete livros tidos como deuterocanônicos." (Bíblia do Pontífice de Roma, pág. 6).

Até mesmo escritos dos rabinos daquela época, dizem que: 

“após a morte dos últimos profetas, Ageu, Zacarias e Malaquias, o Espírito Santo afastou-se de Israel”; (Talmude Babilônico, Yomah 9b repetido em Sota 48b, Sanhedrín 11 a, e Midrash Rabbah sobre o Cântico dos Cânticos, 8.9.3).

Portanto, fica claro que os judeus não reconheciam, como não reconhecem até ao dia de hoje, os apócrifos, pois haviam sido escritos depois de Malaquias. Se a revelação do AT foi dada aos judeus, devemos crer que a estes também foi dada a percepção de quais livros eram ou não inspirados.

Portanto, o Concílio de Jâmnia não é importante na nossa argumentação, ele poderia ser removido sem fazer falta. Ele é citado apenas para reforçar o fato já muito bem estabelecido de que os judeus nos dias de Cristo não aceitavam os apócrifos, e que Jâmnia não estabeleceu cânon nenhum, apenas reafirmou a antiga posição judaica de só reconhecer os 39 livros.

E sim, a Igreja judaica é que tem a autoridade para reconhecer o cânon do AT e não a Igreja Cristã, pois Paulo diz que a eles foram confiados os oráculos de Deus. Agora, os judeus não tem nenhuma autoridade sobre o cânon do NT, porque este foi confiado à Igreja Cristã.


II
Havia outra versão que era o cânon de Alexandria, a versão dos Setenta, também definida por judeus, que tinham 7 livros a mais. Este foi aceito pela Igreja.


Septuaginta
RESPOSTA:

Tal objeção já é em si uma contradição, primeiro os católicos descredenciam os judeus palestinos ao mesmo tempo que dão credito aos judeus alexandrinos. Não são os católicos que dizem que os judeus não tem autoridade? Ora, os escribas alexandrinos são o que ? Romanos? Pelo contrario, ambos do mesmo povo que negaram a Cristo. E alem disso, fato é que tanto Jesus quanto os apóstolos validaram foi o cânon palestino quando citam a Lei, profetas e salmos. A mesma divisão do cânon palestino. Já quanto ao suposto cânon alexandrino, se é que se pode chama-lo assim, continha muitos outros livros que aqueles que Roma admite hoje, E é mentira que o cânon alexandrino tem apenas 7 livros a mais, são na verdade o dobro disto.



Contudo, a mais antiga lista cristã das Escrituras do Antigo Testamento, foi feita por Melito, bispo de Sardes, no ano 170 depois de Cristo; essa lista não inclui nenhum dos apócrifos. Também a versão siríaca (Peshita) da Bíblia, do século II d.C, não continha os apócrifos.

Hilário de Poitiers (305-366 d.C.), da mesma forma, não reconhecia os apócrifos. Também Atanásio, bispo de Alexandria e grande líder da Igreja, no ano 367 d.C, listou, em sua Carta Pascal, os livros que faziam parte do AT e citou alguns dos apócrifos (Sabedoria, Judite e Tobias) com a observação de que não faziam parte da Escritura. Podemos citar, ainda, Jerônimo, que terminou no ano 404 d.C. uma tradução da Bíblia para o Latim, conhecida como a Vulgata Latina, ele incluiu os livros apócrifos em sua tradução, mas disse expressamente que não deveriam ser aceitos como parte da Escritura; eram apenas livros úteis e proveitosos para os crentes.

Ele diz:

"Portanto, a Sabedoria (...) Judite e Tobias (...) não fazem parte do cânon (...). a igreja lê Judite e Tobias e Macabeus mas não os recebe entre as Escrituras canônicas (...) [são] livros úteis para a edificação do povo, mas não para estabelecer doutrinas da Igreja." (Merece confiança o AT, G.L, Archer Jr. Edições Vida Nova, Pág. 76).
 Parece que a única autoridade antiga que defendia que estes livros fossem incluídos no Canon foi Agostinho (e dois concílios regionais, com pouquíssimos representantes, dominados por ele).

Mas o próprio Agostinho, apesar de defender a inclusão deles na Bíblia, não os considerava realmente canônicos (inspirados por Deus), como deixa claro em disputa com um antagonista que apelou para um texto de 2º Macabeus; Agostinho responde que “sua causa era deveras fraca se tivesse de recorrer a um livro que não era da mesma categoria daqueles que eram recebidos e aceitos pelos judeus” (Merece confiança o AT, G.L, Archer Jr. Pág. 79).

Além disso, o Concílio Geral de Calcedônia, em 451 d.C, negou que estes livros fizessem parte do Canon ao endossar todos os cânones de Laodiceia ocorrido anteriormente ao Concilio de Hipona e Cartago que foram locais, sem peso portanto para a cristandade. O CANON LX DE LAODICEIA diz:

"Estes são todos os livros do Antigo Testamento designados para ser lido: 1, Genesis do mundo; 2, O Êxodo do Egito; 3, Levítico; 4, números; 5, Deuteronômio; 6, Josué, filho de Num; 7, juízes, Ruth; 8, Ester; 9, dos Reis, Primeiro e Segundo; 10, dos reis, terceiro e quarto; 11, Crônicas, Primeiro e Segundo; 12, Esdras, Primeiro e Segundo; 13, O Livro dos Salmos; 14, Os Provérbios de Salomão; 15, Eclesiastes; 16, O Cântico dos Cânticos; 17, Job; 18, Os Doze Profetas; 19, Isaías; 20, Jeremias e Baruc, Lamentações, e da Epístola; 21, Ezequiel; 22, Daniel."
E, o primeiro cânon da sessão XV do Concilio de Calcedônia diz:

"Temos julgado certo que os cânones dos Santos Padres feitas em cada sínodo até agora, devem permanecer em vigor."

Quais sínodos são estes? O Concílio de Trullo arremata em seu segundo cânon:

"Mas vamos definir o nosso selo de igual modo a todos os outros santos cânones estabelecidos pelos nossos santos e bem-aventurados pais, isto é, por 318 santos portadores de Deus Padres reunidos em Niceia, e os de Ancyra, ainda mais aqueles em Neocesarea e também aqueles em Gangra e, além disso, os que estão em Antioquia, na Síria: os demais em Laodicéia na Frígia, e também os 150 que reuniram nesta cidade real protegida pelo céu: os 200 que se reuniram pela primeira vez na metrópole dos Efésios, e aos 630 santos e abençoados Padres na Calcedônia.(...) E que ninguém seja autorizado a transgredir ou desconsiderar os referidas cânones, ou receber os outros ao lado deles."(ênfase em negrito feita por mim)

Um dos cânones citados em Trullo, é o do Bispo Atanásio de Alexandria:

"Do mesmo modo também os cânones [ou seja, as letras decretais](...) de Atanásio, Arcebispo de Alexandria,(...)."

Agora vejamos então o que diz Atanásio em sua carta 39 em que ele define canonicamente quais são os livros divinos que são aceites pela Igreja:

"Há, então, do Antigo Testamento, vinte e dois livros em número; pois, como eu ouvi, é transmitido de que este é o número das cartas entre os hebreus; a respectiva ordem e nomes sendo como se segue. O primeiro é o Gênesis , em seguida, Exodus , próximo Levítico, depois  Números e, em seguida Deuteronômio. Na sequência destes há Josué , filho de Nun , em seguida, Juízes, então Ruth . E, novamente, depois de estes quatro livros de Reis, o primeiro e o segundo a ser contado como um livro, e assim também a terceira e a quarta como um livro. E, novamente, o primeiro e segundo das Cronicas são contados como um só livro. Novamente Esdras , o primeiro e o segundo são igualmente um livro. Depois destes, há o livro de Salmos, então a Provérbios, próximo Eclesiastes, e do Cântico dos Cânticos. Job seguinte, em seguida, os Profetas, os doze a ser contado como um livro. Então Isaías, um livro, então Jeremias com Baruc, Lamentações, e da epístola, um livro; depois, Ezequiel e Daniel, cada um livro. Assim, constitui agora o Antigo Testamento."

Séculos depois de Laodiceia, e poucos anos antes de Trullo, GREGÓRIO, O GRANDE, papa em 600 d.C., citando 1 Macabeus falou que não era um livro canônico.

A própria Igreja católica reconhece que os grandes Pais da igreja, tais como Atanásio, Gregório, Hilário, Rufino e Jerônimo, adotaram o cânon dos 39 livros hebraicos, excluindo os apócrifos. (Bíblia do Pontífice de Roma, pág. 6).

Portanto, fica claro que a Igreja dos primeiros séculos não reconhecia os livros apócrifos como parte da Escritura. E mesmo no século 16, são abundantes os exemplos de líderes católicos que rejeitavam os apócrifos:

- O cardeal Ximenis em sua Poliglota Complutense (1514-1517) afirma que os livros apócrifos não faziam parte do cânon.

- O cardeal Cajetan, que fez oposição ao reformador Martinho Lutero em 1518, publicou em 1532, uma lista dos livros do AT, que não incluía os apócrifos.

Portanto, que história é essa de que os 7 livros apócrifos eram aceitos pela Igreja?



III
A Igreja através de seus concílios de Cartago (séc IV), Roma (séc. V), etc. decidiram que estes 7 livros deuterocanônicos faziam parte da Bíblia cristã. O Papa Dámaso já havia dado a São Jerônimo a incumbência de traduzir o cânon de Alexandria, que deu origem à Vulgata latina.

Jerônimo
RESPOSTA:

Então por que motivo, os livros apócrifos foram banidos igualmente pelos "santos" Atanásio, Hilário, Cirilo de Jerusalém, Cipriano, Gregório Nazianzeno e Eusébio, bispo de Cesaréia, Anfilóquio e os bispos reunidos no Concilio de Laodicéia, o qual foi confirmado por um decreto do Concilio Geral em Trulo (Can.2), e que, portanto, é obrigatório para a Igreja de Roma?

ãhan!?

Dámaso pediu a Jerônimo pra traduzir a Septuaginta, e Jerônimo fez, mas, como já dissemos, Jerônimo terminou no ano 404 d.C uma tradução da Bíblia para o Latim, conhecida como a Vulgata Latina. Esta tradução é até hoje aceita pela Igreja Católica.

Jerônimo incluiu os livros apócrifos em sua tradução, mas disse expressamente que não deveriam ser aceitos como parte da Escritura; eram apenas livros úteis e proveitosos para os crentes.

Ele diz:

"Portanto, a Sabedoria (...) Judite e Tobias (...) não fazem parte do cânon (...). a igreja lê Judite e Tobias e Macabeus mas não os recebe entre as Escrituras canônicas (...) [são] livros úteis para a edificação do povo, mas não para estabelecer doutrinas da Igreja."

No prefácio de Daniel, Jerônimo rejeitou claramente as adições apócrifas a Daniel (Bel e o Dragão e Susana) e defendeu apenas a canonicidade dos livros encontrados na Bíblia hebraica, escrevendo:

"As histórias de Susana e de Bel e o Dragão não estão contidas no hebraico. Por isso, quando traduzia Daniel muitos anos atrás, anotei essas visões com um símbolo crítico, demonstrando que não estavam incluídas no hebraico [...] Afinal, Orígenes, Eusébio e Apolinário e outros clérigos e mestres distintos da Grécia reconhecem que, como eu disse, essas visões não se encontram no hebraico, e portanto não são obrigados a refutar Porfírio quanto a essas porções que não exibem autoridade de Escrituras Sagradas"

Veja bem, ele disse que elas "não exibem autoridade de Escrituras Sagradas", isto encerra a questão!

Vejamos uma citação de Jerônimo muito usada pelo catolicismo pra tentar defender a adição de tais livros no cânon:

"Que pecado eu cometi se segui o julgamento das igrejas? Mas ele que traz acusações contra mim por relatar as objeções a que os judeus estavam acostumados a levantar contra a história de Susana, o Cântico dos Três crianças, e a história de Bel e o dragão, que não são encontrados nos volumes hebraicos, provam que ele é apenas um bajulador insensato. Pois eu não estava relatando minha própria visão, mas sim as observações que eles [os judeus] estão acostumados a fazer contra nós.(Contra Rufinus, 11:33 [402 d.C.]).,

Então vejamos, ele diz que seguiu o julgamento das igrejas, ou seja, diz que ao rejeitar tais livros ele fez o que a igreja do seu tempo fazia. Mesmo a ICAR reconhece isto em várias publicações:


Na Bíblia do Pontífice de Roma, pág. 6, a própria Igreja católica reconhece que os grandes Pais da igreja, tais como Atanásio, Gregório, Hilário, Rufino e Jerônimo, adotaram o cânon dos 39 livros hebraicos, excluindo os apócrifos.

Então temos uma informação tendenciosa da parte católica, pois realmente eles traduziram e usavam a septuaginta e seus livros a mais fora do cânon judaico, mas eles não aceitavam como inspirados e de mesma autoridade que os outros livros.


IV
É uma tremenda bobagem os protestantes afirmarem que estes livros foram incluídos no Concílio de Trento, no séc. XVI, pois lá nos séculos IV, V e VI grandes doutores da Igreja como Sto. Agostinho e São Jerônimo (tradutor da Vulgata) já os citavam em suas pregações e sermões.

Concílio de Trento
RESPOSTA:
Se não basta o que foi dito acima, então vejamos... Agostinho defendia que estes livros fossem incluídos no Canon (e dois concílios regionais, com pouquíssimos representantes,                                                                                           dominados por ele apoiaram a ideia).

Mas o próprio Agostinho, apesar de defender a inclusão deles na Bíblia, não os considerava realmente canônicos (inspirados por Deus), como deixa claro em disputa com um antagonista que apelou para um texto de 2º Macabeus; Agostinho responde que “sua causa era deveras fraca se tivesse de recorrer a um livro que não era da mesma categoria daqueles que eram recebidos e aceitos pelos judeus” (Merece confiança o AT, G.L, Archer Jr. Pg 79).

Ora bolas, ele os citava, mas reconhecia que eles não tinham a mesma autoridade que os outros 39 livros, será que é difícil entender?
Agora sobre Jerônimo, já foi citado acima.

Jerônimo incluiu os livros apócrifos em sua tradução, mas disse expressamente que não deveriam ser aceitos como parte da Escritura; eram apenas livros úteis e proveitosos para os crentes.

Ele diz:

"Portanto, a Sabedoria (...) Judite e Tobias (...) não fazem parte do cânon (...). a igreja lê Judite e Tobias e Macabeus mas não os recebe entre as Escrituras canônicas (...) [são] livros úteis para a edificação do povo, mas não para estabelecer doutrinas da Igreja." (Merece confiança o AT, G.L, Archer Jr. Edições Vida Nova,Pg 76).

E mais, no prefácio de Daniel, Jerônimo rejeitou claramente as adições apócrifas a Daniel (Bel e o Dragão e Susana) e defendeu apenas a canonicidade dos livros encontrados na Bíblia hebraica, escrevendo:

"As histórias de Susana e de Bel e o Dragão não estão contidas no hebraico. Por isso, quando traduzia Daniel muitos anos atrás, anotei essas visões com um símbolo crítico, demonstrando que não estavam incluídas no hebraico [...] Afinal, Orígenes, Eusébio e Apolinário e outros clérigos e mestres distintos da Grécia reconhecem que, como eu disse, essas visões não se encontram no hebraico, e portanto não são obrigados a refutar Porfírio quanto a essas porções que não exibem autoridade de Escrituras Sagradas"

Olha o que São Jerônimo diz, ele disse que elas "não exibem autoridade de Escrituras Sagradas", isto encerra a questão!

Veja essa citação de Jerônimo: "Que pecado eu cometi se segui o julgamento das igrejas? Mas ele que traz acusações contra mim por relatar as objeções a que os judeus estavam acostumados a levantar contra a história de Susana, o Cântico das Três Crianças, e a história de Bel e o dragão, que não são encontrados nos volumes hebraicos, provam que ele é apenas um bajulador insensato. Pois eu não estava relatando minha própria visão, mas sim as observações que eles [os judeus] estão acostumados a fazer contra nós". (Contra Rufinus, 11:33 [402 d.C.]).

Na citação de Jerônimo, ele diz que seguiu o julgamento das igrejas, ou seja, diz que ao rejeitar tais livros ele fez o que a igreja do seu tempo fazia. Mesmo a ICAR reconhece isto em várias publicações:


Veja.... A Bíblia do Pontífice de Roma, pág. 6, e verá que a própria Igreja católica reconhece que os grandes Pais da igreja, tais como Atanásio, Gregório, Hilário, Rufino e Jerônimo, adotaram o cânon dos 39 livros hebraicos, excluindo os apócrifos.

E ainda, os judeus "só aceitam como inspirados o cânon hebraico de 39 livros. Eles rejeitam os sete livros tidos como deuterocanônicos" .(Bíblia do Pontífice de Roma, pág. 6).

Quem negaria que Atanásio era um dos maiores líderes da igreja em sua época? participou de um dos mais importantes concílios ecumênicos, sendo o principal influenciador do mesmo; ele também rejeitou os apócrifos ( e sua opinião tem um peso tremendo);

E sobre Agostinho, nem é preciso dizer, ja é citado anteriormente, ele foi "o cara" da igreja, mas apesar de querer estes livros incluídos na Bíblia, como mostrei, não os reconhecia realmente como canônicos!



V
Se Lutero fosse fonte de inspiração para a Bíblia, então os modernos protestantes teriam que arrancar o Livro de Tiago de suas Bíblias, pois Martinho Lutero o considerava um livro perverso por contrariar sua doutrina do “Sola Fide”, já que este livro afirma que a salvação vem tanto pela fé como pelas obras.


Bíblia
RESPOSTA :

E desde quando afirmamos que Lutero é fonte de inspiração para a bíblia? Como já dito acima, ele ficou sozinho com suas ideias a esse respeito, assim como Alexandre, um papa ateu, ficou sozinho com suas condutas sexuais depravadas não é mesmo?

E onde os protestantes afirmam ter autoridade e ser fonte de inspiração para a Bíblia?

Uma das verdades ensinadas na Confissão de Westminster é que os concílios falham, e que a autoridade última é somente a Bíblia. só a Igreja Católica Romana é quem afirma arrogantemente a autoridade apostólica para interpretar as Escrituras e ser fonte de inspiração delas.

E quando digo que Lutero ficou sozinho sobre citar Tiago ou apocalipse, eu provo, e essa afirmação é absurda.

1)- A Confissão Belga, de 1561, o primeiro dos padrões doutrinários da Igreja Reformada da Holanda, no seu art. 4 diz:

“A sagrada Escritura consiste de dois volumes: o Antigo e o Novo Testamentos, que são canônicos e não podem ser contraditados de forma alguma. A igreja de Deus reconhece a seguinte lista:” (segue a lista de Gênesis a Apocalipse, excluindo apenas os apócrifos do AT e incluindo todos os 27 do NT).

2)- Os 39 artigos, que foram Aprovados na Inglaterra em 1563;
ARTIGO VI - DA SUFICIÊNCIA DAS ESCRITURAS SAGRADAS PARA A SALVAÇÃO:

(...) Pelo nome de Escritura Sagrada entendemos os Livros canônicos do Velho e do Novo Testamentos, de cuja autoridade jamais houve qualquer dúvida na Igreja.
DOS NOMES E NÚMERO DOS LIVROS CANÔNICOS
Gênesis... (segue até Malaquias sem citar os apócrifos)
E os outros Livros (como diz Jerônimo) a Igreja os lê para exemplo de vida e instrução de costumes; mas não os aplica para estabelecer doutrina alguma; tais são os seguintes:
III Esdras - IV Esdras - Tobias - Judite - O restante dos livros de Ester - Sabedoria - Jesus, filho de Siraque - Baruque - O Cântico dos Três Mancebos - A história de Suzana - De Bel e o dragão - Oração de Manassés - I Macabeus - II Macabeus.
Recebemos e contamos por canônicos todos os 27 Livros do Novo Testamento, como são comumente recebidos (segue então a lista dos 27 do NT).

3)- A Confissão de Fé de Westminster, escrita entre 1643 a 1649 que rapidamente se tornou símbolo de fé para as igrejas reformadas em todo o mundo, no seu capítulo 1º, parágrafo 2º, lista todos os livros do AT e NT, excluindo apenas os apócrifos do NT e incluindo todos os 27 do NT.

O mesmo pode ser dito da confissão batista e tantas outras.

4)- Lutero em sua tradução da Bíblia concluída em 1534 listou os apócrifos do AT com a observação: 

“Apócrifos, isto é, livros que não podem ser equiparados às Sagradas Escrituras, mas cuja leitura é boa e proveitosa”. 

Quanto a isso todas as igrejas protestantes sempre concordaram.

5)- Ele também listou Hebreus, Tiago, Judas e Apocalipse no final do NT com numeração distinta dos outros livros do NT Porque os considerava de menor valor.

6) Lutero não os retirou da Bíblia nem os chamou de apócrifos, mas os considerava de menor valor, quando comparado aos demais livros, como ele mesmo dizia; quanto a isso, ele estava errado e parece ter mesmo reconhecido isto pelas várias citações posteriores que fez destes livros como Escritura.

7) - Nenhuma Igreja concordou com Lutero ou o seguiu nesta questão.

8)- As edições protestantes sempre trouxeram todos os livros bíblicos, apenas agrupando os apócrifos como não canônicos e reconhecendo todos os 27 do NT:

  • A Bíblia de Zurique (1529);
  • A Bíblia Francesa (1535);
  • A de Coverdale (1535);
  • A Bíblia de Genebra (1560 – esta foi a primeira a não publicar os apócrifos, mas só na sua edição de 1599, na de 1560 eles foram publicados com a observação de que não eram livros canônicos);
  • A Bíblia King James (1611).



9)- João Calvino e todos os outros reformadores sempre confessaram como canônicos os 39 livros do AT e os 27 do NT sem tirar nem por.

Portanto, o argumento católico acima, é mentiroso.


VI
Antes de Trento e da Contra-Reforma, vários Concílios eclesiásticos já haviam definido os deuterocanônicos (apócrifos para os protestantes) como livros que pertenciam à Sagrada Escritura. Os concílios de Hipona (393 dC), Cartago (397 dC), Cartago IV (419 dC), Roma (382 dC), Trulos (692 dC), Florença (1442 dC) e finalmente Trento (1545 dC).


RESPOSTA:


Só pra começar, havia vários outros livros na vulgata e na septuaginta que não foram incluídos na Bíblia por Trento, como a Oração de Manassés e 4 Esdras. Aliás, um deles foi excluído porque condena a oração pelos mortos, doutrina que a ICAR defende, se era para reafirmar os concílios anteriores, deveriam ter incluído todos os livros que compõem a vulgata citadas nos concílios anteriores!

E mais, estes concílios, geralmente não estavam afirmando a autoridade divina de nenhum dos livros canonizados infalivelmente pelo Concílio de Trento. Citavam, apenas, uma obra bem conhecida da literatura hebraica ou um escrito devocional informativo ao qual não davam nenhuma probabilidade de inspiração do Espírito Santo.

Esses Concílios antes de Trento, foram apenas concílios locais e não eram impostos à igreja toda. Concílios locais geralmente erravam nas suas decisões e mais tarde eram anulados pela igreja universal. Alguns apologistas católicos argumentam que, mesmo que um concílio não seja ecumênico, seus resultados podem ser impostos se forem confirmados. Mas reconhecem que não há maneira infalível de saber quais afirmações dos papas são infalíveis. Na verdade, admitem que outras afirmações dos papas são até heréticas, tais como a heresia monotelita do papa Honório.

Também é importante lembrar que esses livros não são parte das Escrituras cristãs (período do NT). Encontram-se, assim, sob a jurisdição da comunidade judaica que os compusera e que, séculos antes, os rejeitara como parte do cânon.


Os livros aceitos por esses concílios cristãos podem até não ser os mesmos em cada caso. Portanto, não podem ser usados como prova do cânon exato mais tarde proclamado “infalível” pela Igreja Católica Romana em 1546.

Os Concílios locais de Hipona e Cartago no Norte da África foram influenciados por Agostinho, a voz mais importante da antiguidade, que aceitava os livros apócrifos canonizados mais tarde pelo Concílio de Trento. Mas a posição de Agostinho é infundada, e eu já disse isso acima. Mas vejamos outros pontos interessantes sobre isso:

a) O próprio Agostinho reconheceu que os judeus não aceitaram esses livros como parte do cânon (A cidade de Deus, 19.36-38).

b) Sobre os livros de Macabeus. Agostinho disse: “... tidos por canônicos pela igreja e por apócrifos pelos judeus. A igreja assim pensa por causa dos terríveis e admiráveis sofrimentos desses mártires...” (Agostinho, 18.36). Nesse caso, O livro dos mártires, de Foxe, deveria estar no cânon.(mas não está).

c) Agostinho era incoerente, já que rejeitou livros que não foram escritos por profetas, mas aceitou um livro que parece negar ser profético (I Macabeus 9.27).

d) A aceitação errada dos apócrifos por Agostinho parece estar ligada a sua crença na inspiração da Septuaginta, cujos manuscritos gregos mais recentes os continham.

e) Mais tarde Agostinho reconheceu a superioridade do texto hebraico de Jerônimo comparado ao texto grego da septuaginta. Isso deveria tê-lo levado a aceitar a superioridade do cânon hebraico de Jerônimo também. Jerônimo rejeitava completamente os apócrifos. (já citei isso acima).

O Concilio de Roma (382) que aceitou os livros apócrifos não incluiu os mesmos livros aceitos por Hipona e Cartago. Ele não inclui Baruque, apenas seis, não sete, dos livros apócrifos declarados canônicos mais tarde. Até Trento o descreve como livro separado (Denzinger, n.° 84).



VII
Se mesmo assim, os protestantes continuarem defendendo o cânon de Jâmnia , então pediremos a eles que retirem de suas Bíblia o Novo Testamento, pois este também não foi aceito pelos judeus da Palestina, já que eles não acreditavam na salvação trazida por Cristo a terra.
Códex

RESPOSTA:

Olha [...], nem precisaria ter de dizer alguma coisa depois de já ter respondido esse ad nauseam diversas vezes, mas vou repetir pela milionésima vez:

O Concílio de Jâmnia não é importante no nosso argumento, ele poderia ser removido sem fazer falta. Ele é citado apenas para reforçar o fato já muito bem estabelecido de que os judeus nos dias de Cristo não aceitavam os apócrifos, e que Jâmnia não estabeleceu cânon nenhum, apenas reafirmou a antiga posição judaica de só reconhecer os 39 livros. E a Igreja judaica é que tem a autoridade para reconhecer o cânon do AT e não a Igreja Cristã, pois Paulo diz que a eles foram confiados os oráculos de Deus.
Agora, os judeus não tem nenhuma autoridade sobre o cânon do NT, porque este foi confiado à Igreja Cristã.

"os estudiosos concordam que o concílio não determinou quais livros pertenciam ao Antigo Testamento. Ele confirmou oficialmente o que a maioria vinha reconhecendo a várias gerações. Em outras palavras, o concílio deu o endosso oficial a certos livros, apenas confirmando o que criam ter sido sempre verdade" (Descobrindo o AT, Cultura Cristã, pg 23).

“desde Artaxerxes [ou seja, desde o ano 423 antes de Cristo] até os nossos dias foi escrita uma história completa, mas não foi julgada digna de crédito igual ao dos registros mais antigos, devido à falta de sucessão exata dos profetas”.

A afirmação de Josefo é que em seus dias, e portanto nos dias em que Cristo esteve na terra, os Judeus não aceitavam quaisquer livros que tivessem sido escritos depois de 423 a.C., o último livro que eles reconheceram como bíblico era Malaquias (escrito em 435 a.C.).

Vale lembrar que todos os livros que hoje chamamos de apócrifos foram escritos após esta data. Josefo, em sua obra, ainda enumera como Escrituras hebraicas os mesmos livros que adotamos; ele ainda diz: "Só temos 39 livros, os quais temos justa razão para crermos que são divinos". (Resposta a Ápio, livro I, ).

E é Paulo quem diz (ele é judeu, esqueceu disso foi?), Os judeus, foram os guardiões dos Oráculos de Deus (cf. Romanos 3.2), e eles só reconheciam, como o fazem até ao dia de hoje, os mesmos livros, que embora em ordem diferente, correspondem aos 39 que os protestantes reconhecem. Os judeus conheciam os apócrifos, mas os rejeitavam e não os aceitavam como inspirados por Deus.

Está difícil de entender?, não temos que retirar nada, pois nunca retiramos, não foram os protestantes que retiraram livros da Bíblia (até Porque quando aconteceu a Reforma em 1517 estes livros nem faziam parte das Escrituras). Foi a ICAR que os acrescentou à Bíblia em 1546.


VIII
A posição isolada de um historiador, de um Pai da Igreja, de um Doutor da Igreja, não representa toda a Sagrada Tradição, devido a limitação histórico-geográfica desses indivíduos.


RESPOSTA:

Os livros apócrifos foram banidos do cânon sagrado, quer explicitamente, quer de uma maneira indireta. As opiniões citadas acerca dos livros apócrifos, não são de indivíduos isolados, vou repetir alguns e muitos outros poderiam ser apresentados também:

-Melito, bispo de Sardis, no segundo século.
“E nos Extratos por ele escritos, o mesmo Militão, ao começar, faz no prólogo um catálogo dos escritos admitidos do Antigo Testamento, catálogo que é necessário enumerar aqui. Escreve assim: ‘Militão a seu irmão Onésimo: Saúde. Visto que muitas vezes, valendo-te de teu zelo pela doutrina, tens pedido para ti extratos da lei e dos profetas, sobre o Salvador e toda a nossa fé; mais ainda, já que quiseste saber dos livros antigos com toda exatidão quantos são em número e qual é sua ordem, pus minha diligência em fazê-lo, sabendo de teu ardor pela fé e teu afã de saber sobre a doutrina, já que em tua luta pela salvação eterna e em tua ânsia por Deus, preferes isto mais do que tudo. Assim pois, tendo subido ao Oriente e chegado até o lugar em que se proclamou e se realizou, informei-me com exatidão dos livros do Antigo Testamento. Ordenei-os e envio-os a ti. Seus nomes são: cinco de Moisés: Gênesis, Êxodo, Números, Levítico, Deuteronômio; Jesus de Navé, Juízes, Rute; quatro dos Reis, dois dos Paralipômenos; Salmos de Davi; Provérbios de Salomão, também chamado Sabedoria, Eclesiastes, Cantar dos Cantares, Jó; dos profetas, Isaías, Jeremias, os doze em um só livro, Daniel, Ezequiel; Esdras. Destes livros tirei os Extratos, que dividi em seis livros’. E é isto que há de Militão”(Conservado por Eusébio em História Eclesiástica, Livro IV, Cap.26, v.12-14).

Militão de Sardes cita os livros canônicos do Antigo Testamento, mas deixa de fora absolutamente todos os apócrifos! Ora, este foi o primeiro escritor cristão a tratar do assunto do cânon bíblico do AT em sua ordem exata, e ele deixa de fora todos os livros, sem exceção, daqueles que os católicos chamam de “deuterocanônicos”. O que vemos é a maior comprovação de que, logo no princípio do Cristianismo, os apócrifos já eram deixados da porta pra fora da Igreja em termos de canonicidade.


-Teófilo de Antioquia (120 – 180 d.C)

Em sua carta a Autólico ele cita todos o livros do cânon judaico, mas não menciona nenhum apócrifo, e sobre isso ele sugere o porque:

“Basta o que dissemos sobre o testemunho dos fenícios e egípcios, tal como aparece nas histórias escritas sobre nossas antiguidades pelo egípcio Maneton, pelo efésio Menandro e pelo próprio, o cronista da guerra dos judeus, feita contra eles pelos romanos. Através desses antigos demonstram-se que os escritos dos outros são posteriores aos que nos foram dados por Moisés e mesmo aos dos profetas posteriores. De fato, o último dos profetas, chamado Zacarias, exerceu sua atividade no reinado de Dário.Também vemos que os legisladores editaram suas leis posteriormente. Com efeito, se se cita Sólon, o ateniense, este viveu nos tempos dos reis Ciro e Dário, contemporâneo do profeta Zacarias e até muitos anos posterior” (Terceiro Livro a Autólico, Cap.23)

Teófilo considerava Zacarias como sendo “o último dos profetas” (pois havia ministrado no último tempo dos livros do AT, sob o reinado de Dário), então ele simplesmente não reconhecia os livros apócrifos como livros proféticos, nem tampouco os “profetas” existentes naqueles livros.

Na visão dos primeiros cristãos, a história do Antigo Testamento registrada nas Sagradas Escrituras começa com o Gênesis de Moisés e termina na época dos reis Dário e Ciro – deixando absolutamente de lado os livros apócrifos, que sequer mereceram ser mencionados.

-Orígenes de Alexandria (185 – 253 d.C)


“Ao explicar o salmo primeiro, ele [Orígenes] faz uma exposição do catálogo das Sagradas Escrituras do Antigo Testamento, escrevendo textualmente como segue: ‘Não se pode ignorar que os livros testamentários, tal como os transmi­tiram os hebreus, são vinte e dois, tantos como o número de letras que há entre eles’. Logo, depois de algumas frases, continua dizendo:’Os vinte e dois livros, segundo os hebreus, são estes: o que entre nós se intitula Gênesis, e entre os hebreus Bresith, pelo começo do livro, que é: No princípio; Êxodo, Ouellesmoth, que significa: Estes são os nomes;Levítico, Ouikra: E chamou; Números, Ammesphekodeim;Deuteronômio, Elleaddebareim: Estas são as palavras; Jesus, filho de Navé, Josuebennoun; Juízes e Rute, para eles um só livro: Sophtein; I e II dos Reis, um só para eles: Samuel, O eleito de Deus; III e IV dos Reis, em um: Ouammelchdavid, que significa Reino de Davi; I e II dos Paralipômenos, em um: Dabreiamein, isto é: Palavras dos dias; I e II de Esdras em um: Ezra, ou seja, Ajudante; Livro dos Salmos, Spharthelleim; Provérbios de Salomão, Meloth; Eclesiastes, Koelth; Cantar dos Cantares (e não, como pensam alguns, Cantares dos cantares), Sirassireim; Isaías, Iessia; Jeremias, junto com as Lamentações e a Carta, em um: Ieremia; Daniel, Daniel; Ezequiel, Iezekiel; Jó, Iob; Ester, Esther. E além destes estão os dos Macabeus, que são intitulados Sarbethsabanaiel’" (História Eclesiástica, Livro VI, 25:1,2).

No quarto século, baniram-nos igualmente os "santos" Atanásio, Hilário, Cirilo de Jerusalém, Cipriano, Gregório Nazianzeno e Eusébio, bispo de Cesaréia, Anfilóquio e os bispos reunidos no Concilio de Laodicéia, o qual foi confirmado por um decreto do Concilio Geral em Trulo (Can.2), e que, portanto, é obrigatório para a Igreja de Roma.

No quinto século: São Jerônimo e Epifánio.

No sexto: Junílio, bispo africano, e alguns mencionam também Isidoro, bispo de Sevilha.

No sétimo: Temos nada menos que a autoridade do próprio Gregório, o Grande. A mesma edição Vaticana das obras de Gregório prova que ele não admitia os livros "apócrifos".

No oitavo: João Damasceno, fundador da teologia escolástica entre os gregos, e Alcuíno, abade de São Martinho de Tours, na França.

No nono: Nicéforo, patriarca de Constantinopla, e a "Glosa Ordinária", começada por Alcuíno, ou por Estrebão, e concluída por vários escritores.

No décimo: O monge Flaviacense e Élfrio, abade de Malmesbury.

No décimo primeiro: Pedro, abade de Clugni.

O décimo segundo: Hugo de São Vítor, Ricardo de São Vítor, Roberto, abade de Duits e autor da "Glosa" sobre Graciano e da versão inglesa da Bíblia que existe na biblioteca da Universidade de Oxford.

No décimo terceiro: O cardeal Hugo e São Boaventura.

No décimo quarto: Ricardo Fitz Ralph, arcebispo de Armagh e primaz da Irlanda, Nicolau Lira e Viclef

No décimo quinto: Tomás Valdense e Dionísio Cartusiano.

No décimo sexto: Temos o famoso cardeal Caetano. Este ilustre prelado da Igreja Romana escreveu um comentário sobre os livros históricos do Antigo Testamento, oferecido ao Papa Clemente VIII. Este livro foi publicado só doze anos antes de reunido o Concílio de Trento. Na dedicatória, o cardeal faz sua a regra de São Jerônimo, relativa à clara distinção que este faz entre os livros canônicos propriamente ditos e os "apócrifos".

Portanto não se sustenta dizer que estes testemunhos são obscuros, isolados e limitados, pois mostram bem que muitíssimos líderes importantes e destacados da igreja rejeitavam os apócrifos.

IX
A interpretação última das Escrituras e da Sagrada Tradição pertencem ao Magistério da Igreja, nós confiamos nos sucessores dos Apóstolos, nós católicos não somos protestantes que julgam ter cada um a autoridade apostólica.


RESPOSTA:

Onde a Bíblia ensina isso??? e onde os protestantes afirmam ter autoridade apostólica para interpretar a Bíblia?

Uma das verdades ensinadas na Confissão de Westminster é que os concílios falham, e que a autoridade última é somente a Bíblia. só a Igreja Católica Romana é quem afirma arrogantemente a autoridade apostólica para interpretar as Escrituras.

X
Os protestantes dizem que o Concílio Geral de Calcedônia, em 451 DC, negou que estes livros fizessem parte do Canon.', isso é uma inverdade, não sei de onde os protestantes tiram isso, eu acabei de reler os cânones do Concílio de Calcedônia e não encontrei absolutamente nada que confirme isso!


RESPOSTA:

Segue a confirmação, se estivermos errados, gostaríamos muitíssimo de sermos corrigidos:

O Concílio de Laodicéia no Ano 367, Can. LX, Labb. et Coss., tom. 1, coluna 1507, rejeita os livros apócrifos, Paris, 1671.

O Concílio de Calcedônia no Ano 451, confirma os cânones do Concílio de Laodicéia; Art. 15, de can. 1, Labb. Conc. IV, Paris, 1671.

ou seja: Calcedônia disse que Laodicéia estava certa ao rejeitar os apócrifos.

XI
Saibam vocês protestantes que o livro do Apocalipse foi excluido no Concílio de Laodicéia e só voltou ao cânon no concílio de Cartago.


RESPOSTA:

Isso é mais uma evidencia de que concílios erram; se os concílios erram, e os papas também, porque deveríamos reconhecer a autoridade deles?

O papa Gregório, o grande, declarou que I Macabeus, um livro apócrifo, não é canônico. O cardeal Ximenes, em sua Bíblia poliglota, exatamente antes do Concílio de Trento, exclui os apócrifos e sua obra foi aprovada pelo papa Leão X. Será que estes papas se enganaram? Se eles estavam certos, a decisão do Concílio de Trento estava errada. Se eles estavam errados, onde fica a infalibilidade do papa como mestre da doutrina?
Preferimos ficar somente com a autoridade da Escritura, a qual não pode falhar.


XII
Na verdade vocês protestantes ficam com a autoridade da interpretação particular de cada um de vocês individualmente. Por isso existem trinta mil denominações protestantes, cada uma seguindo "apenas a autoridade das escrituras", cada uma dizendo uma coisa diferente das demais e geralmente ensinos opostos, como calvinismo de um lado, arminianismo de outro, uns batizam crianças outros dizem que isso é coisa do demônio, uns fazem casamentos entre homossexuais e outros dizem que isso é do demônio, a lista é infindável...


RESPOSTA:

Esse argumento em nada invalida a autoridade da Bíblia, como afirmamos, é ela que não pode falhar, não a igreja, aliás, a Igreja Católica Romana falhou e falha muito.
Por isso continuamos com a Escritura, esse argumento só comprova que ela é melhor.

XIII
O Codex Sinaiticus é segundo mais antigo exemplar da bíblia completa, um dos livros que o compõe é o “Livro dos Macabeus” tão rejeitado pelos protestantes.

RESPOSTA:

É um argumento comum dos católicos dizer que as versões antigas trazem os apócrifos e que por isso eram aceitos, mas, uma investigação mais cuidadosa desta afirmação reduz a autoridade sobre a qual os apócrifos se baseiam a apenas uma versão antiga, a Septuaginta, e àquelas posteriores (como a Itala, a Cóptica, a Etiópica, e a Siríaca posterior) que foram derivadas da septuaginta.
Contudo, mesmo no caso da Septuaginta, os livros Apócrifos mantêm uma existência um pouco Incerta:

O Códice Vaticano ("B") não tem 1 e 2 Macabeus (canônicos segundo Roma), mas Inclui 1 Esdras (não-canônico segundo Roma).

O Códice Sinaítico ("Alef") omite Baruque (canônico segundo Roma), mas inclui 4 Macabeus (não-canônico segundo Roma).

O Códice Alexandrino ("A") contêm três livros apócrifos "não-canônicos": 1 Esdras e 3 e 4 Macabeus.

Então até os três mais antigos manuscritos da LXX demonstram considerável falta de certeza quanto aos livros que compõem a lista dos Apócrifos.

A versão síriaca (Peshita) da Bíblia, do século II d.C, não continha os apócrifos (não confundir com a Peshita posterior).


XIV
Os protestantes tiraram ao decorrer da reforma até o ano 1917 outros livros da bíblia, não do antigo testamento, mas do novo testamento. Novo Testamento (inicialmente rejeitados pelos protestantes, mas posteriormente incluídos em suas Bíblias, no século XX). Hebreus; Tiago; Judas; II Pedro; II João e III João; Apocalipse.
Os protestantes rejeitam os livros do novo testamento ‘também’, usando dos mesmos atificios e alegações aos apócrifos.


RESPOSTA:

Esse argumento é ABSURDO:

A Confissão Belga, de 1561, o primeiro dos padrões doutrinários da Igreja Reformada da Holanda, no seu art. 4 diz: “A sagrada Escritura consiste de dois volumes: o Antigo e o Novo Testamentos, que são canônicos e não podem ser contraditados de forma alguma. A igreja de Deus reconhece a seguinte lista:” (segue a lista de Gênesis a Apocalipse, excluindo apenas os apócrifos do AT e incluindo todos os 27 do NT).

Os 39 artigos, que foram Aprovados na Inglaterra em 1563;

ARTIGO VI - DA SUFICIÊNCIA DAS ESCRITURAS SAGRADAS PARA A SALVAÇÃO

(...) Pelo nome de Escritura Sagrada entendemos os Livros canônicos do Velho e do Novo Testamentos, de cuja autoridade jamais houve qualquer dúvida na Igreja.

DOS NOMES E NÚMERO DOS LIVROS CANÔNICOS

Gênesis... (segue até Malaquias sem citar os apócrifos)

E os outros Livros (como diz Jerônimo) a Igreja os lê para exemplo de vida e instrução de costumes; mas não os aplica para estabelecer doutrina alguma; tais são os seguintes:

III Esdras - IV Esdras - Tobias - Judite - O restante dos livros de Ester - Sabedoria - Jesus, filho de Siraque - Baruque - O Cântico dos Três Mancebos - A história de Suzana - De Bel e o dragão - Oração de Manassés - I Macabeus - II Macabeus.

Recebemos e contamos por canônicos todos os 27 Livros do Novo Testamento, como são comumente recebidos (segue então a lista dos 27 do NT).

A Confissão de Fé de Westminster, escrita entre 1643 a 1649 que rapidamente se tornou símbolo de fé para as igrejas reformadas em todo o mundo, no seu capítulo 1º, parágrafo 2º, lista todos os livros do AT e NT, excluindo apenas os apócrifos do NT e incluindo todos os 27 do NT.
O mesmo pode ser dito da confissão batista e tantas outras.

Lutero em sua tradução da Bíblia concluída em 1534 listou os apócrifos do AT com a observação: “Apócrifos, isto é, livros que não podem ser equiparados às Sagradas Escrituras, mas cuja leitura é boa e proveitosa”. Quanto a isso todas as igrejas protestantes sempre concordaram.


Ele também listou Hebreus, Tiago, Judas e Apocalipse no final do NT com numeração distinta dos outros livros do NT porque os considerava de menor valor. Deve-se observar que Lutero não os retirou da Bíblia nem os chamou de apócrifos, mas os considerava de menor valor, quando comparado aos demais livros, como ele mesmo dizia; quanto a isso, ele estava errado e parece ter mesmo reconhecido isto pelas várias citações posteriores que fez destes livros como Escritura. Nenhuma Igreja concordou com Lutero ou o seguiu nesta questão.

As edições protestantes sempre trouxeram todos os livros bíblicos, apenas agrupando os apócrifos como não canônicos e reconhecendo todos os 27 do NT:
A Bíblia de Zurique (1529); A Bíblia Francesa (1535); A de Coverdale (1535); A Bíblia de Genebra (1560 – esta foi a primeira a não publicar os apócrifos, mas só na sua edição de 1599, na de 1560 eles foram publicados com a observação de que não eram livros canônicos); A Bíblia King James (1611).

João Calvino e todos os outros reformadores sempre confessaram como canônicos os 39 livros do AT e os 27 do NT sem tirar nem por. Portanto, o argumento católico acima, é mentiroso.



XV
Os protestantes recusaram alguns livros do Novo Testamento, que só vieram a integrar a bíblia após o ano de 1917, juntamente com o aparecimento das sociedades bíblicas.


RESPOSTA:

Os protestantes nunca recusaram nenhum livro do NT e as sociedades bíblicas não surgiram em 1917, mas em 1804, na Inglaterra, quando foi fundada a Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira, e desde o princípio sempre reconheceram e publicaram todo o AT e NT.

XVI
Os protestantes são os únicos na cristandade que não aceitam os deuterocanônicos. Para a Igreja Católica que é composta de 23 Igrejas Autônomas, eles são canônicos, para todas as Igrejas Ortodoxas, para todos os Patriarcados Ortodoxos, eles são canônicos, para todo o restante da cristandade que é completamente independente da Igreja Católica e anteriores ao Concílio de Trento, Igrejas estas que já existiam antes da Reforma Protestante, eles são canônicos, e isto inclui a Igreja Siríaca, a Igreja Etíope e a Igreja Copta. Vocês são o grupo mais recente na cristandade e são os únicos que não tem os deuterocanônicos em sua Bíblia.
Os judeus samaritanos têm uma Bíblia diferente dos demais judeus, e que para os demais judeus a sagrada tradição deles, a Misná e o Talmude, têm a mesma autoridade e inspiração da Bíblia hebraica, sendo assim, pela autoridade que os protestantes atribuem aos judeus não samaritanos, vocês deveriam aceitar e adotar a Misná e o Talmude com a mesma autoridade e inspiração de sua Bíblia protestante.
Os judeus caraítas só consideram canônicos o Pentateuco e os Profetas, eles rejeitam os outros livros da Bíblia hebraica, e assim como os judeus samaritanos também rejeitam a autoridade e inspiração da Misná e do Talmude.
Os judeus não têm autoridade para definir o Cânon da Bíblia cristã, quem tem essa autoridade é a Igreja. Nisso a cristandade concorda, todos nós os católicos, os ortodoxos, os coptas, os siríacos, os malankares, os melquitas... ou seja, todas as Igrejas mais antigas que o Concílio de Trento e mais antigas que a Reforma Protestante.


RESPOSTA:

Esses são grupos de judeus, grupos mistos, como os samaritanos, que misturaram a religião judaica com a pagã e são pequenos grupos separados da maioria judaica.

Quem teve autoridade para reconhecer o Cânon do AT foi a comunidade judaica da Palestina, que permaneceu fiel. Esta comunidade não reconheceu os apócrifos, e nem mesmo a alexandrina, apesar de moralmente mais frouxa, parece ter reconhecido, pois como mostrado no texto, Filo de Alexandria rejeitava tais livros.

Citar grupos separatistas para criar confusão quanto ao cânon hebraico, seria o mesmo que citar Marcião e dizer que a Igreja Primitiva não aceitava os livros que ele rejeitava.

Paulo diz que os judeus foram os guardiões das revelações divinas do AT (nada a ver com o canon do NT), e estes judeus da Palestina só reconheceram os mesmos livros que nós protestantes, e, nem Jesus, nem os apóstolos os repreenderam por isso, ao contrário deram seu endosso.

Quanto aos samaritanos, Jesus disse que eles adoravam o que não conheciam e os de Jerusalém o que eles conheciam pq a salvação vem dos judeus; isso prova que Jesus não os considerava judeus; ora se eles nem conheciam a Deus, nem mesmo eram judeus, como o cânon deles pode servir para provar algo?
Muito fraco este argumento católico.

Quanto ao argumento sobre as outras igrejas da cristandade que anteriormente a Trento já adotavam e adotam até hoje os apócrifos como canônicos; até onde se sabe, elas usavam os apócrifos como a Anglicana usa, como livros eclesiásticos, bom para conhecer, mas não como canônicos e jamais para estabelecer doutrina.

A Igreja Romana estaria então, sozinha, ou quase sozinha, em reconhecer tais livros.

Aos católicos que afirmam que para elas eles são canônicos, cabe o ônus da prova; gostaríamos que apresentassem os documentos oficiais que comprovem isto (especialmente antes de Trento, já que dizem que elas faziam isto antes deste concílio, mas, documentos mais recentes também gostaríamos de conhecer).

Quanto aos judeus caraítas, segundo se sabe o nome significa "seguidores das Escrituras", e rejeitam o Talmud e a Mishná (uma exposição da lei e a tradição oral dos judeus em forma escrita), que nada tem a ver com as Escrituras, aceitam somente a Tanakh (que é um acronimo de Torá (Pentateuco), Neviim (Profetas), e Kethuvim (os Escritos - que compreende o restante do AT), ou seja, aceitam todo o AT do canon hebraico e dos protestantes.

De acordo com a tradição judaica, o Tanakh consiste de vinte e quatro livros. A Torá possui cinco livros, o Nevi'im oito e o Ketuvim onze.

Talvez a confusão católica neste argumento esteja no fato de que a Tanakh, é formada de 24 livros, só que esses 24 são os mesmos livros encontrados no AT protestante, apenas a ordem é diferente. A numeração difere poque os cristãos contam esses livros como 39, pois contam como vários alguns livros que os judeus contam como um só.

XVII
No Novo Testamente nós encontramos dezenas de citações aos Deuterocanônicos (apócrifos).

Mateus 02:16 - decreto de Herodes para matar crianças inocentes foi profetizado em Sabedoria 11:07


Mateus 07:12 - regra de ouro de Jesus: "fazer aos outros" é o inverso de Tobias 4:15 - "Não faça para ninguém aquilo que você não gosta que façam para você".


Mateus 7:16,20 - a declaração de Jesus "os conhecereis pelos seus frutos" segue Eclesiástico 27:6 - o fruto revela o cultivo.


Mateus 09:36 - as pessoas eram "como ovelhas sem pastor" é o mesmo que Judite 11:19 - ovelhas sem pastor.


Existem no minimo 100 citações, fica claro pra qualquer um, que Jesus era um leitor assíduo dos livros hoje chamados Deuterocanônicos.



RESPOSTA:

Sobre isso, G. Douglas Young sobre o o NT e os apócrifos nos diz:

"O Novo Testamento cita os Apócrifos? A resposta é um categórico não. Não há uma simples citação de qualquer dos 14 ou 15 livros. Sem dúvida os escritores do Novo Testamento sabiam da existência destes livros. Contudo, nem em uma simples instância é algum deles citado, tanto como Escritura inspirada, ou autoridade, ou em qualquer forma. Nem em um simples caso é um deles citado de qualquer forma ou propósito. O professor C. C. Torrey, que, em seu The Apocryphal Literature, lista um grande número de alegadas citações ou alusões apócrifas, é forçado a admitir do Novo Testamento que “em geral, as Escrituras Apócrifas foram deixadas despercebidas” (pág. 18). As alegadas citações são de livros fora daqueles sob consideração aqui, os Apócrifos. Um exemplo é a citação de Enoque em Judas. Tudo que pode ser dito é que os autores do Novo Testamento possuem algum conhecimento de antigos materiais escritos, aos quais no máximo eles aludem indiretamente, ou de fatos que eventualmente parecem em documentos tanto bíblicos como não bíblicos." (G. Douglas Young, 'The Apocrypha' em Carl F.H. Henry, ed., Revelation and the Bible: Contemporary Evangelical Thought (Grand Rapids: Baker, 1958), pág. 175.)

Para além disso:


1) – Sabedoria 11.7 não contém profecia sobre a matança das crianças por Herodes; Leia do capítulo 10.15 até o 11.7 ,pelo contexto, claramente está falando da saída do povo de Israel do Egito e do decreto de faraó para que os primogênitos fossem mortos, nada diz de Herodes e as criancinhas. É interessante que ao falar da matança de inocentes por Herodes, Mateus se refira a Jeremias 31.15 e não a Sabedoria, que certamente não considerava como canônico.

2)– A referencia correta segundo a edição da Bíblia católica é Tobias 4.16, e não 15. e realmente, Jesus ensina o inverso de Tobias; não há neste texto nenhuma referencia a Tobias, nem mesmo uma citação. O que Jesus faz aqui na sua Regra de Ouro, é discordar de Hilel (60 a.C a 9, a ele são atribuídos diversos ensinos da Mishná e do Talmud), rabino que fundou uma escola (Beit Hilel) para ensinar os mestres judeus. Ele é autor da frase, conhecida como a Regra de Ouro do judaísmo: "Não faças aos outros aquilo que não gostarias que te fizessem a ti. Essa é toda a Torá, o resto é comentário; agora ide e aprendei".
Se atentarem bem, verão que Jesus faz referencia a Hilel e seus discípulos que resumiam a Lei de forma negativa; Jesus discorda deles e resume a Lei positivamente.

3) – Eclesiástico 27.7: este texto fala da palavra como o fruto do coração do homem, nada a ver com o texto de Jesus que fala de obras, não palavras. Jesus aqui não faz nenhuma citação de Eclesiástico, nem mesmo uma leve menção a ele.

4) – A referencia de Judite, caso ela tenha usado a expressão “ovelhas sem pastor”, respondemos que Judite retirou esta expressão de Números 27.17: “(...) como ovelhas que não tem pastor”. Jesus não faz nenhuma referencia a Judite, e sim usou uma expressão do livro de Números.

5)- Usando o método que os católicos usam, de procurar pequenas semelhanças em pensamentos, poderíamos dizer que Jesus citou Buda, Confúcio, Maomé e até o jornal de hoje de manhã.

6) - Mostrem uma CITAÇÃO DE UM TEXTO APÓCRIFO como Escritura, algo como: "A Escritura diz..." seguida de uma citação de um texto apócrifo (vcs são inteligentes, não façam de conta que não sabem o que é citação).

7) - Quanto a dizer que é claro que Jesus lia os apócrifos; Se Jesus os conhecia? Cremos que sim, tanto ele quanto os apóstolos. Por isso é realmente impressionante não os terem citado como Escrituras canônicas nem uma única vez; nem discordarem do cânon hebraico. Não os citaram porque os conheciam, mas não os reconheciam.


XVIII
Não consegue ver a profecia nestas palavras? ("como castigo pelo decreto infanticida, tu lhes deste inesperadamente água abundante. Pois aquele que outrora fora rejeitado, exposto e desprezado com zombarias, no fim dos acontecimentos foi admirado por eles, quando estavam sofrendo uma sede diferente da sede dos justos").(Sabedoria 10)


RESPOSTA:

Não existe profecia nenhuma aí. Texto fora do contexto é pretexto.
Sabedoria 10 fala do papel da sabedoria de Adão até José no Egito, e descreve a opressão de Israel no Egito e sua libertação, contando como Deus puniu aqueles que mataram as crianças hebreias afogando-os no mar:

"Fê-los atravessar o Mar Vermelho, e deu-lhes passagem através da massa das águas, ao passo que engoliu seus inimigos..." E "em punição do decreto que condenava crianças à morte, vós lhes destes, de maneira inesperada, água em abundância", ou seja,sabedoria diz que os egípcios foram afogados no mar de forma inesperada com água abundante como punição pelo decreto infanticida.

Não há nada sobre o futuro aqui, só uma descrição do passado. o verso 14 diz que os egípcios ficaram admirados daquele povo que antes zombavam, quando foram afogados no mar.

XIX
Quanto mais eu me aprofundo no estudo das Sagradas Escrituras, da História da Igreja, das outras Tradições Cristãs, mais eu me sinto confiante e parte desta Igreja que é Apostólica, Católica, Ortodoxa, Copta, Siríaca, Etíope, mais eu sinto alegria por Deus ter tido misericórdia em permitir que eu enxergasse o engano que é o protestantismo.


RESPOSTA:
Para o catolicismo não existe Ortodoxa, Copta, Siríaca, Etíope, pois a ICAR diz claramente que fora dela não há salvação.

Nós protestantes, no entanto, cremos que fora de Cristo não há salvação.



Conclusão Apologética

1) - O cânon hebraico, já ficou provado que não é de 100 d.C. Nos dias de Jesus já era este mesmo.

Quanto à acusação absurda de que os judeus reconhecem o Talmude em pé de igualdade com a Bíblia, isto não é verdade, conforme deixa claro a referencia mais antiga ao cânon do AT da história, Josefo (37-95 AC), em Contra Apionem escreve:

“Não temos dezenas de milhares de livros, em desarmonia e conflitos, mas só vinte e dois [que são os mesmos 39 da Bíblia protestante], contendo o registro de toda a história, os quais, conforme se crê, com justiça, são divinos.”

Fica claro que os judeus do tempo de Jesus não reconheciam nem os apócrifos nem qualquer outro texto escrito ou oral como divino (e como eles foram, não são mais os guardiões dos oráculos de Deus, se eles acrescentarem qualquer coisa, estarão errados, não tem mais esta autoridade).

Até o sétimo século os maiores doutores da Igreja não reconheciam estes livros, e assim foi até Trento, vários papas não os reconheceram.

2) - A principal testemunha do cânon protestante do Antigo Testamento é o Novo Testamento. 

Jesus e os apóstolos não questionaram o cânon hebraico da época (época de Josefo, convém lembrar). Há contagens que dizem que eles citaram-no cerca de seiscentas vezes, de modo autoritativo, incluindo praticamente todos os livros do cânon hebraico. Entretanto, não citam nenhuma vez os livros apócrifos. Pode-se concluir, portanto, que Jesus e os apóstolos deram o imprimátur deles ao cânon hebraico e, consequentemente, ao cânon protestante.

3) - A Igreja grega, não concorda com a ICAR.

 Na igreja grega houve sempre dúvida na aceitação dos apócrifos, mas, no Concílio de Trulano, em 692, foram todos aceitos (quatorze). Ainda assim, como sempre houve reservas quanto à plena aceitação de muitos deles, a igreja grega, em 1672, acabou reduzindo para quatro o número dos apócrifos aceitos: Sabedoria, Eclesiástico, Tobias e Judite (ela já aceitou mais do que a ICAR e hj aceita menos, não há a tal concordância que os católicos querem mostrar).

A verdade é que estas igrejas estão erradas. O fato de que elas adotam estes livros não torna estes livros inspirados.

Da mesma forma, a Reforma protestante que veio depois destas igrejas recobrou doutrinas que estas igrejas haviam esquecido e soterrado, como a doutrina da justificação pela fé e a suficiência das escrituras. Estas igrejas estão cheias de heresias e doutrinas de homens – inclusive a adoção destes livros para justificar estes erros.

Deus usou os Reformadores para trazer a verdade de volta para a igreja cristã.

Preferimos ficar com a companhia dos judeus, de Jesus, dos apóstolos, e dos principais pais da Igreja dos primeiros séculos, do que com a ICAR ou qualquer outra igreja.


Caso os católicos ainda insistam na discussão com recursos falaciosos e irrelevante diante de nossa argumentação, proe-se um desafio a eles mesmos, responder honestamente as perguntas abaixo e analisar de sua posição quanto aos livros deuterotônicos, tem mesmo base bíblica e histórica, ou não passa de mais um dos tanto ad verecundiam da Roma Papal para validar suas pretensões.

Portanto depois de tanto pesquisar aqui e acolá, pode algum católico honestamente nos provar que Judite não errou quando disse que Nabucodonosor foi rei de Nínive, quando é fato histórico incontestável que ele na verdade foi rei de Babilônia? (se ela errou, não é escritura canônica pois Jesus disse que a Escritura não pode falhar)

Os romanistas são afoitos em recorrer a colas da net para nos responder, mas será que eles mesmos percebem o que leem? Será que eles sequer leem os livros que pretender defender?  Podem eles nos provar que Baruc 6:2 que diz que o cativeiro babilonico durou 7 gerações não contradiz Jeremias 25:11 que diz que durou apenas 70 anos?

Gostaria que os apologistas católicos com toda a sua instrução e genialidade nos provassem a nós "leigos"que, não há contradição no fato de Antíoco morrer de três maneiras diferentes nos registros dos livros de Macabeus: 1 Macabeus 6:16; 2 Macabeus 1:16 e 9:28;

Podem ao menos provar que beber sempre água, sem estar misturada com vinho é nocivo à saúde, como ensina 2 Mac 15:40?

Ou melhor, conseguem nos provar que Tobias não contém certos erros históricos e geográficos, tais como a suposição de que Senaqueribe era filho de Salmaneser (1.15) em vez de Sargão II, e que Nínive foi tomado por Nabucodonosor e por Assuero (14.15) em vez de Nabopolassar e por Ciáxares...?

Quem da classe de historiadores e teólogos renomados do catolicismo de FACEBOOK pode provar ao menos que Eclesiástico 12:4-7 que diz que se deve negar o pão aos ímpios e não lhes fazer nenhum bem, não contradiz claramente Provérbios 25:21-22, que diz que devemos sim lhes dar pão e água, vejam Mateus 5:44-48.?

Que nos expliquem como Eclesiástico, sendo um livro “inspirado por Deus”, pode ensinar: o trato cruel aos escravos – 33.28 e 30; 42.5; o desprezo pela mulher - 25.17-36; e incentivar o ódio aos samaritanos – 50.27 e 28;

Demonstrem como que Macabeus é inspirado apesar de ele mesmo reconhecer que no seu tempo já havia cessado o ofício profético; e provem que ele é a palavra infalível e inerrante de Deus, se ele mesmo reconhece que seus escritos podiam conter erros suficientes para tornar toda a sua obra medíocre, e se desculpa dizendo que ele não pode fazer nada melhor (I Macabeus 9.27; II Macabeus 15.37).

Tenham em mente meus caros apologistas romanos defensores da fé romana que, os erros destes livros provam que não são inspirados, pois Jesus disse que a Escritura não pode falhar (Jo 10.35). Nas verdadeiras Escrituras não se encontram erros ridículos como estes. Nem tamanha rejeição como citada acima. Cabe aos católicos, contraditar, explicar, OU SE CALAR e parar de encher os ambientes destinados a discussões proveitosas, com provocações recheadas de espantalhos e ad hominem com virulentas objeções nauseantes.

Mas querer que um católico seja honesto em suas considerações é exigir demais, portanto, que ao menos respondam para si mesmos:

1) Por que Gregório que era papa em 600 A.D. rejeitou os apócrifos?

2) Por que motivo, Jeronimo que era um dos homens mais cultos do mundo e doutor e pesquisador da igreja, encarregado pelo próprio papa de fazer sua tradução rejeitou os apócrifos?

3) Quem negaria que Atanásio era um dos maiores líderes da igreja em sua época? Participou de um dos mais importantes concílios ecumênicos, sendo o principal influenciador do mesmo; Por que ele também rejeitou os apócrifos? (a opinião tem um peso tremendo);

4) De Agostinho nem é preciso dizer, ele foi "o cara" da igreja, mas apesar de querer estes livros incluídos na Bíblia, Porque ele não os reconhecia realmente como canônicos?

5) Por que o concílio de calcedônia, que foi um importante concílio ecumênico rejeitou os apócrifos?

6) Por que cardeal Ximenis em sua Poliglota Complutense (1514-1517) afirma que os livros apócrifos não faziam parte do cânon?

7) Por que cardeal Cajetan, que fez oposição ao reformador Martinho Lutero em 1518, publicou em 1532, uma lista dos livros do AT, que não incluía os apócrifos?

8) Como pode Judite ser um livro inspirado por Deus e por que foi canonizado se o livro errou quando disse que Nabucodonosor foi rei de Nínive, quando é fato histórico incontestável que ele na verdade foi rei de Babilônia? (se ela errou, não é escritura canônica, pois Jesus disse que a Escritura não pode falhar);

9) Por que que Baruc 6:2 (um livro apócrifo só aceito por vocês) diz que o cativeiro babilônico durou 7 gerações sendo que Jeremias 25:11 diz que durou apenas 70 anos?

10) Por que a contradição no fato de Antíoco morrer de três maneiras diferentes nos registros dos livros de Macabeus: 1 Macabeus 6:16; 2 Macabeus 1:16 e 9:28?

11) É verdade que beber sempre água sem estar misturada com vinho é nocivo à saúde, como ensina 2 Mac 15:40?

12) Tobias não contém certos erros históricos e geográficos, tais como a suposição de que Senaqueribe era filho de Salmaneser (1.15) em vez de Sargão II, e que Nínive foi tomado por Nabucodonosor e por Assuero (14.15) em vez de Nabopolassar e por Ciáxares...?

13) Por que Eclesiástico 12:4-7 diz que se deve negar o pão aos ímpios e não lhes fazer nenhum bem, sendo que claramente Provérbios 25:21-22, diz que devemos sim lhes dar pão e água, vejam Mateus 5:44-48?

14) Expliquem como Eclesiástico, sendo um livro “inspirado por Deus”, pode ensinar: o trato cruel aos escravos – 33.28 e 30; 42.5; o desprezo pela mulher - 25.17-36; e incentivar o ódio aos samaritanos – 50.27 e 28?

15) Como Macabeus é inspirado se ele mesmo reconhece que no seu tempo já havia cessado o ofício profético?

16) Como que Macabeus é a palavra infalível e inerrante de Deus, se ele mesmo reconhece que seus escritos podiam conter erros suficientes para tornar toda a sua obra medíocre, e se desculpa dizendo que ele não pode fazer nada melhor (1º Macabeus 9.27; 2º Macabeus 15.37)?

17) Jesus disse que a Escritura não pode falhar (Jo 10.35). Nas verdadeiras Escrituras não se encontram erros ridículos como estes. Então os erros destes livros (os 7 não aceitos) provam que não são inspirados não é mesmo?

18) Por que Melito, bispo de Sardis, rejeitou esses livros no segundo século e Orígenes, no terceiro século?

19) Por que no quarto século, baniram-nos igualmente os "santos" Atanásio, Hilário, Cirilo de Jerusalém, Cipriano, Gregório Nazianzeno e Eusébio, bispo de Cesaréia, Anfilóquio e os bispos reunidos no Concilio de Laodicéia, o qual foi confirmado por um decreto do Concilio Geral em Trulo (Can.2), e que, portanto, é obrigatório para a Igreja de Roma?

20) Por que no século V e VI, São Jerônimo, Epifánio, Junílio bispo africano, e Isidoro bispo de Sevilha, rejeitaram os livros apócrifos?.

21) Por que no século VII nada menos que a autoridade do próprio Papa Gregório, o Grande, rejeitava os livros apócrifos (e a infalibilidade papal)?

22) Por que no século VIII, João Damasceno, fundador da teologia escolástica entre os gregos, e Alcuíno, abade de São Martinho de Tours, na França rejeitaram os apócrifos?

23) Por que no século IX, Nicéforo, patriarca de Constantinopla, e a "Glosa Ordinária", começada por Alcuíno, ou por Estrebão, e concluída por vários escritores, repudiam os livros apocrifos?

24) Por que no século X e XI, o monge Flaviacense e Élfrio, abade de Malmesburye ePedro, abade de Clugni rejeitaram os apocrifos?

25) Por que no século XII e XIII, Hugo de São Vítor, Ricardo de São Vítor, Roberto, abade de Duits e autor da "Glosa" sobre Graciano e da versão inglesa da Bíblia que existe na biblioteca da Universidade de Oxford e o cardeal Hugo e São Boaventura rejeitaram os apócrifos?

26) Por que no século XIV e no século XV, Ricardo Fitz Ralph, arcebispo de Armagh e primaz da Irlanda, Nicolau Lira e Viclef e Tomás Valdense e Dionísio Cartusiano rejeitaram os livros apocrifos?

27) Por que no século XVI o famoso cardeal Caetano ilustre prelado da Igreja Romana escreveu um comentário sobre os livros históricos do Antigo Testamento, oferecido ao Papa Clemente VIII e que foi publicado doze anos antes de reunido o Concílio de Trento e em sua dedicatória, o cardeal faz sua a regra de São Jerônimo, relativa à clara distinção que este faz entre os livros canônicos propriamente ditos e os "apócrifos"?

28) Por que Jerônimo disse: "Portanto, a Sabedoria (...) Judite e Tobias (...) não fazem parte do cânon (...). a igreja lê Judite e Tobias e Macabeus mas não os recebe entre as Escrituras canônicas (...) [são] livros úteis para a edificação do povo, mas não para estabelecer doutrinas da Igreja."?

29) Por que no prefácio de Daniel, Jerônimo rejeitou claramente as adições apócrifas a Daniel (Bel e o Dragão e Susana) e defendeu apenas a canonicidade dos livros encontrados na Bíblia hebraica, escrevendo: "As histórias de Susana e de Bel e o Dragão não estão contidas no hebraico. Por isso, quando traduzia Daniel muitos anos atrás, anotei essas visões com um símbolo crítico, demonstrando que não estavam incluídas no hebraico [...] Afinal, Orígenes, Eusébio e Apolinário e outros clérigos e mestres distintos da Grécia reconhecem que, como eu disse, essas visões não se encontram no hebraico, e portanto não são obrigados a refutar Porfírio quanto a essas porções que não exibem autoridade de Escrituras Sagradas"?

30) Por que o Concílio de Laodicéia no Ano 367, Can. LX, Labb. et Coss., tom. 1, coluna 1507, rejeita os livros apócrifos, Paris, 1671?

31) Por que o Concílio de Calcedônia no Ano 451, confirma os cânones do Concílio de Laodicéia; Art. 15, de can. 1, Labb. Conc. IV, Paris, 1671. e também não aceitam os livros apócrifos?

32) Por que não há uma CITAÇÃO DE UM TEXTO APÓCRIFO como Escritura, algo como: "A Escritura diz..." seguida de uma citação de um texto apócrifo (vocês são inteligentes, não façam de conta que não sabem o que é citação) – mas não precisam nem procurar porque como diria o padre Quevedo “Isso non ecsiste”.

33) Por que Jesus e os apóstolos, mesmo conhecendo os livros apócrifos não cita os apócrifos como Escrituras canônicas nem uma única vez; nem discordarem do cânon hebraico?

34) Por que Paulo citou filósofos gregos como Arato(Atos 17.28), Menandro(1 Coríntios 15.33), Epimênides(Tito 1.12) mas em parte alguma citou os livros apócrifos?

35) Por que até o século VII os maiores doutores da Igreja não reconheciam estes livros, e assim foi até Trento, vários papas não os reconheceram?

Respondam a si mesmos não a nós, já sabemos a resposta, tais livros não tem uma gota de inspiração divina, e nenhuma igreja os torna inspirados por assim desejar que sejam.


Sem mais,

ATT: Elisson Freire



Licenciado e Pós-graduado em História. Bacharelando em Teologia. Cristão de tradição batista e acadêmico em apologética cristã...
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1 comentário

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  1. Muito bom!! gostaria de pedir permissão para copiar seu texto CITANDO A FONTE e publicando no meu blog A VERACIDADE DA FE CRISTÃ