Argumentos falaciosos, sofismas e paralogismos O básico de todo bom argumento é que a conclusão dele deve evidentemente decor...
Argumentos falaciosos, sofismas e paralogismos
O básico de todo bom argumento é que a conclusão dele deve evidentemente decorrer das premissas. Premissas são o conteúdo, a proposição de um argumento, tratam-se de informações essenciais que servem de base para um raciocínio que levará a uma conclusão daquilo que se alega. Portanto, se uma conclusão não é consequência das premissas, o argumento é inválido e logicamente inconsistente, sendo portanto sem fundamento e falho em sustentar o que se alega.
A essa argumentação falha na apresentação ou conclusão de um raciocínio damos o nome de FALÁCIA. O termo deriva do verbo latino fallere, que significa enganar, pois, ao ser aplicada percebe-se que é um raciocínio falso com aparência de verdadeiro. Mas isso só percebemos quando analisamos bem um argumento e detectamos suas falácias que podem muitas vezes assumir um apelo de validade emocional, íntima ou psicológica, mas não se engane, falácias não tem validade lógica alguma.
Contudo algumas falácias são cometidas involuntariamente e por isso designam-se por paralogismos, do grego παραλογισμός, que significa "reflexão", ou "raciocínio" falso, mas há ainda outras que de má fé, são produzidas de forma a confundir alguém numa discussão, a estas designamos por sofismas, do grego "σόϕισμα -ατος" , derivado de σοϕίξεσϑαι que significa "fazer raciocínios capciosos".
Sofismas são raciocínios aplicados se utilizando de falácias para sustentar proposições inválidas e então confundir o contraditor (aquele que se opõe ao seu raciocínio) ou aquele leitor e ouvinte desavisado espectador do sofista. A unica diferença entre um sofista e um paralogista é a ignorância, sendo que o primeiro de ignorante nada tem e o que lhe falta mesmo é a honestidade intelectual.
Para o filosofo da Grécia Antiga, um sofista é aquele que não se preocupa em absoluto com obter a solução certa, mas deseja unicamente conseguir que todos os ouvintes estejam de acordo com ele.(Platão, Fédon).
Ou seja, basta ver uma propaganda política e você terá uma ideia do que é um sofista ou, até mesmo aqueles ignorantes paralogistas que de paraquedas entram na vida política.
Para além disso, o fato de alguém usar uma falácia ou um paralogismo ainda que sofismatico, não significa que tudo o que for dito irá invalidar toda a argumentação apresentada, possa ser que outros argumentos válidos sejam apresentados e então corroborar a proposição feita. Para saber se um argumento usado é válido, basta identificar o que não seria um argumento válido para se usar em uma discussão.
Portanto abaixo estão as principais falácias usadas em discussões e debates que devem ser evitadas caso queira sustentar sua alegação ou invalidar um argumento oponente. Vale lembrar que em certas discussões basta que se identifique a falacia e então sequer será preciso perder tempo apresentando uma refutação. Apenas quando o falacioso argumento é desmascarado, horas e horas de discussões sem produtividade alguma serão evitadas.
Continuar apelando a um comportamento sofista e falacioso, trata-se de desonestidade intelectual e deve ser denunciado em debate, mas para isso, saiba quais são falácias lógicas argumentativas mais utilizadas e evite-as:
1. Espantalho
Desvirtuar um argumento para torná-lo mais fácil de atacar.
Ao exagerar, desvirtuar ou simplesmente inventar um argumento de alguém, fica bem mais fácil apresentar a sua posição como razoável ou válida. Este tipo de desonestidade não apenas prejudica o discurso racional, como também prejudica a própria posição de alguém que o usa, por colocar em questão a sua credibilidade – se você está disposto a desvirtuar negativamente o argumento do seu oponente, será que você também não desvirtuaria os seus positivamente?
Exemplo: Depois de Felipe dizer que o governo deveria investir mais em saúde e educação, Jader respondeu dizendo estar surpreso que Felipe odeie tanto o Brasil, a ponto de querer deixar o nosso país completamente indefeso, sem verba militar.
2. Causa Falsa
Uma variação dessa falácia é a “cum hoc ergo propter hoc” (com isto, logo por causa disto), na qual alguém supõe que, pelo fato de duas coisas estarem acontecendo juntas, uma é a causa da outra. Este erro consiste em ignorar a possibilidade de que possa haver uma causa em comum para ambas, ou, como mostrado no exemplo abaixo, que as duas coisas em questão não tenham absolutamente nenhuma relação de causa, e a sua aparente conexão é só uma coincidência.
Outra variação comum é a falácia “post hoc ergo propter hoc” (depois disto, logo por causa disto), na qual uma relação causal é presumida porque uma coisa acontece antes de outra coisa, logo, a segunda coisa só pode ter sido causada pela primeira.
Exemplo: Apontando para uma notícia no jornal, Rogério conta que houve um assalto e levaram a bolsa de uma moça na Avenida Paulista. Sendo assim, toda mulher que transitar pela Avenida Paulista de bolsa será assaltada.
3. Apelo à emoção
Apelos à emoção são relacionados a medo, inveja, ódio, pena, orgulho, entre outros.
É importante dizer que às vezes um argumento logicamente coerente pode inspirar emoção, ou ter um aspecto emocional, mas o problema e a falácia acontecem quando a emoção é usada no lugar de um argumento lógico. Ou, para tornar menos claro o fato de que não existe nenhuma relação racional e convincente para justificar a posição de alguém.
Exceto os sociopatas, todos são afetados pela emoção, por isso apelos à emoção são uma tática de argumentação muito comum e eficiente. Mas eles são falhos e desonestos, comtendência a deixar o oponente de alguém justificadamente emocional.
Exemplo: Lucas não queria comer o seu prato de cérebro de ovelha com fígado picado, mas seu pai o lembrou de todas as crianças famintas de algum país de terceiro mundo que não tinham a sorte de ter qualquer tipo de comida.
4. A falácia da falácia
Há poucas coisas mais frustrantes do que ver alguém argumentar de maneira fraca alguma posição. Na maioria dos casos um debate é vencido pelo melhor debatedor, e não necessariamente pela pessoa com a posição mais correta. Se formos ser honestos e racionais, temos que ter em mente que só porque alguém cometeu um erro na sua defesa do argumento, isso não necessariamente significa que o argumento em si esteja errado.
Exemplo: Percebendo que Amanda cometeu uma falácia ao defender que devemos comer alimentos saudáveis porque eles são populares, Alice resolveu ignorar a posição de Amanda por completo e comer Whopper Duplo com Queijo no Burger King todos os dias.
5. Ladeira Escorregadia
Alegar que o fato de permitirmos que aconteça "A" fará com que aconteça "Z", e por isso não podemos permitir "A".
Um argumento ladeira escorregadia nem sempre é uma falácia. A falácia ocorre quando se alega como argumento que adotar uma certa política ou tomar uma devida ação, levará a uma série de outras políticas ou ações que também estão sendo tomadas, sem mostrar uma conexão causal entre a política defendida e as supostas consequências.
6. Ad hominem
Ataca o caráter ou traços pessoais do seu oponente em vez de refutar o argumento dele.
Ataques ad hominem podem assumir a forma de golpes pessoais e diretos contra alguém, ou mais sutilmente jogar dúvida no seu caráter ou atributos pessoais. O resultado desejado de um ataque ad hominem é prejudicar o oponente de alguém sem precisar de fato se engajar no argumento dele ou apresentar um próprio.
Exemplo: Depois de Salma apresentar de maneira eloquente e convincente uma possível reforma do sistema de cobrança do condomínio, Samuel pergunta aos presentes se eles deveriam mesmo acreditar em qualquer coisa dita por uma mulher que não é casada, já foi presa e, pra ser sincero, tem um cheiro meio estranho.
7. Tu quoque (você também)
Esta falácia, cuja tradução do latim é literalmente “você também”, é geralmente empregada como um mecanismo de defesa, por tirar a atenção do acusado ter que se defender e mudar o foco para o acusador.
A implicação é que, se o oponente de alguém também faz aquilo de que acusa o outro, ele é um hipócrita. Independente da veracidade da contra-acusação, o fato é que esta é efetivamente uma tática para evitar ter que reconhecer e responder a uma acusação contida em um argumento – ao devolver ao acusador, o acusado não precisa responder à acusação.
Ou seja, esta é a falácia usada para defender um erro em um raciocínio, salientando que o adversário fez o mesmo erro. Ora, um erro ainda é um erro, independentemente de quem o tenha cometido. Por exemplo, "Eles nos acusam de fazer afirmações sem provas. Mas eles afirmaram um monte de coisas, também sem provas!"
Exemplo 2: Nicole identificou que Ana cometeu uma falácia lógica, mas, em vez de retificar o seu argumento, Ana acusou Nicole de ter cometido uma falácia anteriormente no debate.
Exemplo 3: O político Aníbal Zé das Couves foi acusado pelo seu oponente de ter desviado dinheiro público na construção de um hospital. Aníbal não responde a acusação diretamente e devolve insinuando que seu oponente também já aprovou licitações irregulares em seu mandato.
8. Incredulidade pessoal
Assuntos complexos como a existência de Deus exigem alguma medida de entendimento sobre quais seriam as razões de se crer em Deus. A falácia então é previsível quando não se procura entender os argumentos adequadamente e se apela para uma incredulidade pessoal como resposta a qualquer argumento apresentado ao invés de se discutir quais os motivos para se rejeitar os argumentos postos na discussão.
Exemplo: Você quer que eu acredite em um velho de barba que ninguém vê e que supostamente teria criado tudo, mas não é capaz sequer de provar sua própria existência?
É claro que indicações diferentes entre os casos exigem diferentes resoluções desses casos. Mas a diferença deve ser uma diferença relevante - relevante, isto é, com as normas ou outras regras na mão, e de sua aplicação.
O apelo especial geralmente significa não oferecer nenhuma razão para a isenção. Se se oferece uma razão, mas esta não é satisfatória, então ele fez um apelo falho. A diferença entre o apelo falho e o apelo especial frequentemente é nebulosa, especialmente quando a "razão" oferecida é uma non sequitur.
A alegação especial é uma forma odiosa particular de hipocrisia, em que a pessoa não só não vai aplicar seus próprios padrões para si mesmo, mas também - e muito pior - descaradamente declara que não deveria. Os pensadores evolucionistas são alegadores especiais neste sentido: Eles acreditam que a discussão sobre a evolução deva começar no "primeiro organismo replicante" e não ser uma discussão sobre a "evolução desde as moléculas ao homem". Isso lhes permite discutir abertamente a evolução de uma forma compartimentada, desconsiderando a mecânica incômoda que é trazer a existência ao primeiro organismo replicante. Este "experimento mental sobre a fase inicial" é uma forma de alegação especial.
10. Pergunta Complexa ou Capciosa
Falácias desse tipo são particularmente eficientes em descarrilar discussões racionais, graças à sua natureza inflamatória – o receptor da pergunta carregada é compelido a se justificar e pode parecer abalado ou na defensiva. Esta falácia não apenas é um apelo à emoção, mas também reformata a discussão de forma enganosa.A pergunta capciosa é uma questão que assume fatos não em evidência, com a intenção de prender a outra pessoa em admitir esses fatos. ex: "você já parou de bater na sua esposa ainda?" Ou, no que se refere aos criacionistas, os evolucionistas gostam de dizer, "por que você está mentindo para as crianças?" ou "Por que você odeia a ciência?" etc. O comentário é dificilmente necessário. Pois uma pergunta capciosa é uma questão que assume implicitamente que algo é verdadeiro por sua construção, como:
11. Ônus da prova
O ônus (obrigação) da prova está sempre com quem faz uma afirmação, nunca com quem refuta a afirmação. A impossibilidade, ou falta de intenção, de provar errada uma afirmação não a torna válida, nem dá a ela nenhuma credibilidade.
No entanto, é importante estabelecer que nunca podemos ter certeza de qualquer coisa, portanto devemos valorizar cada afirmação de acordo com as provas disponíveis. Tirar a importância de um argumento só porque ele apresenta um fato que não foi provado sem sombra de dúvidas também é um argumento falacioso.
Exemplo: Beltrano declara que uma chaleira está, nesse exato momento, orbitando o Sol entre a Terra e Marte e que, como ninguém pode provar que ele está errado, a sua afirmação é verdadeira.
Políticos frequentemente são culpados de usar ambiguidade em seus discursos, para depois, se forem questionados, poderem dizer que não estavam tecnicamente mentindo. Isso é qualificado como uma falácia, pois é intrinsecamente enganoso.
Exemplo: Em um julgamento, o advogado concorda que o crime foi desumano. Logo, tenta convencer o júri de que o seu cliente não é humano por ter cometido tal crime, e não deve ser julgado como um humano normal.
13. Ad populum
Apelar para a popularidade de um fato, no sentido de que muitas pessoas fazem/concordam com aquilo, como uma tentativa de validação dele.
A falha nesse argumento é que a popularidade de uma ideia não tem absolutamente nenhuma relação com a sua validade. Se houvesse, a Terra teria se feito plana por muitos séculos, pelo simples fato de que todos acreditavam que ela era assim.Essa falácia é a tentativa de provar alguma coisa, mostrando como muitas pessoas pensam que é verdade. Mas não importa como muitas pessoas acreditam em algo, que não necessariamente irá torná-lo realidade ou certo.
14. Apelo à autoridade
É importante mencionar que, no que diz respeito a esta falácia, as autoridades de cada campo podem muito bem ter argumentos válidos, e que não se deve desconsiderar a experiência e expertise do outro.
Para formar um argumento, no entanto, deve-se defender seus próprios méritos, ou seja, deve-se saber por que a pessoa em posição de autoridade tem aquela posição. No entanto, é claro, é perfeitamente possível que a opinião de uma pessoa ou instituição de autoridade esteja errada; assim sendo, a autoridade de que tal pessoa ou instituição goza não tem nenhuma relação intrínseca com a veracidade e validade das suas colocações.
Exemplo: Impossibilitado de defender a sua posição de que a teoria evolutiva “não é real”, Roberto diz que ele conhece pessoalmente um cientista que também questiona a Evolução e cita uma de suas famosas falas.
Exemplo 2: Um professor de matemática se vê questionado de maneira insistente por um aluno especialmente chato. Lá pelas tantas, irritado após cometer um deslize em sua fala, o professor argumenta que tem mestrado pós-doutorado e isso é mais do que suficiente para o aluno confiar nele.
No exemplo 3 se argumentou que simplesmente porque "a maioria dos cientistas acha que é desta forma", deve portanto ser verdade. O argumento, no entanto, é falho pois se evita em abordar os méritos. A ciência não se preocupa com autoridade e sim com os méritos de uma posição, os dados factuais, e não com pressupostos ou preconceitos. A "opinião da maioria" pode ser o resultado de uma série de coisas, incluindo o poder do povo no poder para promover aqueles que concordam com os seus preconceitos ideológicos, e discriminar aqueles que não o fazem. Mas essas coisas não têm nada a ver com o mérito do argumento.
15. Falácia do Escocês( Expulsão do Grupo)
Esta falácia acontece quando uma das partes faz uma afirmação a respeito de um grupo, a outra parte apresenta um exemplo onde essa afirmação não se aplica e, em seguida, a primeira parte retruca tentando desqualificar o exemplo citado como membro do grupo.
Esta falácia evita o argumento ao levar o foco às origens de algo ou alguém. É similar à falácia ad hominem no sentido de que ela usa percepções negativas já existentes para fazer com que o argumento de alguém pareça ruim, sem de fato dissecar a falta de mérito do argumento em si.
Exemplo: Acusado no Jornal Nacional de corrupção e aceitação de propina, o senador disse que devemos ter muito cuidado com o que ouvimos na mídia, já que todos sabemos como ela pode não ser confiável.
17. Falsa Dicotomia
Também conhecida como falso dilema, esta tática aparenta estar formando um argumento lógico, mas sob análise mais cuidadosa fica evidente que há mais possibilidades além das duas apresentadas.
Esse tipo de pensamento também conhecido como a falácia preto-ou-branco, não leva em conta as múltiplas variáveis, condições e contextos em que existiriam mais do que as duas possibilidades apresentadas. Ele molda o argumento de forma enganosa e obscurece o debate racional e honesto.
Exemplo: Ao discursar sobre o seu plano para fundamentalmente prejudicar os direitos do cidadão, o Líder Supremo falou ao povo que ou eles estão do lado dos direitos do cidadão ou contra os direitos.18- Argumento Circular.
Apresenta um argumento no qual a conclusão foi incluída na premissa. Para entender melhor se um argumento é circular ou não, leia o artigo " A Sola Scriptura é um argumento circular?".
Geralmente é bem mais fácil para as pessoas simplesmente acreditarem no testemunho de alguém do que entender dados complexos e variações dentro de um continuum.
Medidas quantitativas científicas são quase sempre mais precisas do que percepções e experiências pessoais, mas a nossa inclinação é acreditar naquilo que nos é tangível, e/ou na palavra de alguém em quem confiamos, em vez de em uma realidade estatística mais “abstrata”.
Exemplo: José disse que o seu avô fumava, tipo, 30 cigarros por dia e viveu até os 97 anos — então não acredite nessas meta análises que você lê sobre estudos metodicamente corretos provando relações causais entre cigarros e expectativa de vida.
20. Atirador do Texas. Falsa Causa.
Esta falácia de “falsa causa” ganha seu nome partindo do exemplo de um atirador disparando aleatoriamente contra a parede de um galpão, e, na sequência, pintando um alvo ao redor da área com o maior número de buracos, fazendo parecer que ele tem ótima pontaria.
Grupos específicos de dados como esse aparecem naturalmente, e de maneira imprevisível, mas não necessariamente indicam que há uma relação causal.
21. Redução ao Absurdo (Reductio ad absurdum)
Exemplo: Você acredita em Deus? Então eu acredito no monstro espaguete voador.
22. Apelo à força:
Utilização de algum tipo de privilégio, força, poder ou ameaça para impor a conclusão.
Exemplo: Acredite no que eu digo, não se esqueça de quem é que paga o seu salário.
Exemplo: João, ministro da educação, é acusado de corrupção e defende-se dizendo: ‘Esta acusação é um disparate’.
Baseado em quê?
24. Repetição nauseante (Ad Nauseam):
É a aplicação da repetição constante e a crença incorreta de que, quanto mais se diz algo, mais correto está.
Exemplo: Se Joãozinho diz tanto que sua ex-namorada é uma mentirosa, então ela é.
25. Causa diminuta:
Exemplo: Vocês discutem quem tem direito ao título de “doutor”, enquanto tem gente passando fome.
Fonte: Enciclopédia da Ciência da Criação
Guia Interativo de Falácias
Darei mais detalhes logo mais... no próximo artigo.
Muito útil o post!
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