A face oculta de Lutero - Refutação - Parte I

Os católicos romanos objetivam que nós protestantes temos a mania de caluniar sua Igreja Romana, todavia, basta ser honesto e deixar de favoritismo e logo se percebe que o contrario vem ocorrendo há mais de 500 anos.
Refutando a face oculta de Lutero

O calunioso arsenal de mentiras contra o protestantismo

Os católicos romanos objetivam que nós protestantes temos a mania de caluniar sua Igreja Romana, todavia, basta ser honesto e deixar de favoritismo e logo se percebe que o contrario vem ocorrendo há mais de 500 anos. É a Igreja Romana que há séculos, deturpa, corrompe, dissimula e distorce a verdade [que ela afirma manter], e depois persegue, calunia, difama e demoniza quem a contraria e por fim, seus adeptos [paganistas travestidos de cristãos], aplicam a velha cantinela da tática leninista em nos acusar daquilo que eles fazem, que sempre foi nos desumanizar e nos descaracterizar como cristãos.

Se você tem duvida do que digo, basta checar as afirmações que eles fazem contra nós. Todas já foram refutadas, mas, volta e meia temos de lidar com algum lesado, atrasado e viciado na mentira, que, na cara de pau passa a frente essa propaganda baixa e pueril de difamação contra o protestantismo. Daí, nossa resposta sempre é tida como ATAQUE A IGREJA ROMANA? 

Portanto, os romanistas tem de ser devidamente respondidos a altura de suas lamurias. E aqui cabe uma breve observação a um patético apologista católico chamado Fernando Nascimento que tentou impugnar o uso do termo "romanista" aos católicos. Devo lembra-lo que sua observação hipócrita também nos serve de argumento caso quiséssemos invalidar o termo "protestante" para os herdeiros da reforma. Ademais, tal designação de romanista aplicada aos católicos romanos é usada desde a era inicial da reforma. Esclareço isso, pois o manézão católico levantou essa pataquada tosca como argumento. Por aí já se vê como anda a se desgraçar a apologética católica nas mãos de sujeitos completamente sem qualquer conteúdo.

E por falar no conteúdo dos católicos romanos contra nós, aqui vamos tratar de algumas objeções expostas no vídeo A Face Oculta de Lutero, onde o autor do vídeo afirma que expõe aquilo que "QUE OS PROTESTANTES NÃO DIZEM - sobre o Fundador do protestantismo!".

Ora, ele não raciocina sobre o motivo de protestantes não mencionarem certas coisas tão fáceis de serem veiculadas? Evidentemente tais questões não tem qualquer relevância por serem MENTIRA. Os católicos são tão desesperados em difamar o protestantismo, que propagam mentiras já refutadas como se fossem a novidade do século. Quem gosta de mentira e defender gente safada e sem moral são aqueles que afirmam que certos homens, supostamente sucessores de Pedro, sejam infalíveis mesmo que cometam os piores crimes que se comparados a Lutero, fariam do reformador um verdadeiro santo digno de culto romanista.

A face oculta de Lutero



O Vídeo tem cerca de 15 minutos. Darei a refutação como sempre faço, respondendo cada objeção, começando pela descrição exposta no vídeo que levanta objeções contra o protestantismo, em seguida, as objeções que estão no vídeo e que caluniam Lutero serão tratadas na segunda parte em outro artigo.

Vamos as objeções na descrição do vídeo (marcadas em VERMELHO), seguida de nossa refutação.

Revolta e heresia de Lutero


Objeção 1
Martinho Lutero (...) foi um sacerdote católico agostiniano que caiu em Heresia, devido por si só ter criado 95 teses na intenção de impor toda Igreja a seguir, a Igreja Católica que já tinha 1500 anos na sua época. Suas teses foram estudadas e rejeitadas pela Igreja, a insistência de Lutero ocasional a sua excomunhão. Lutero revoltado contra a Igreja Católica fundou uma Igreja em seu nome, A LUTERANA e colocou em práticas todas suas 95 teses.

Refutação Apologética:

Em primeiro lugar, Lutero não caiu em heresia, quem assim vivia era o clero romano de alto a baixo com sua venda de indulgências e demais praticas ilícitas que corromperam a Igreja. 

Em segundo lugar, as teses de Lutero sequer conflitavam com a ortodoxia doutrinária da Igreja, e sim com os erros cometidos pelo clero e os abusos que Roma papal cometia. Daí já se vê o tipo de púbere que recebe credito no catolicismo para palpitar coisas sem qualquer noção da realidade e acaba alimentando mais ainda a burrice e ignorância romanista que anda de mal a pior. Os católicos andam tão a se desesperar em provarem sua própria burrice, que recentemente o mais palpiteiro deles, o Fernando Nascimento, afirmou que as 95 teses jamais existiram e é uma mentira inventada que Lutero as pregou contra a Igreja. Mas neste vídeo parece que alguém discorda do velhaco papagaio pernambucano, ou ele discorda de todos.

Em terceiro lugar, a Igreja Católica como a IGREJA DE CRISTO, compreendendo o cristianismo ortodoxo é que já tinha 1500 anos, e isso não é o mesmo que sustentar que o catolicismo romano papal a que o romanista defende, tenha 1500 anos. Esse anacronismo romanista não tem qualquer validade histórica.

E por ultimo mas não menos importante, Lutero não almejou fundar igreja alguma. Ainda assim, mais tarde, o que se desenvolveu depois de seus clamores, não foi nada que não possuísse validade como aquelas comunidades cristãs do primeiro século. Como em Roma, que historicamente jamais foi uma instituição monolítica chefiada por um bispo, pois a comunidade cristã em Roma era constituída por um punhado de igrejas e presidida por um colégio de bispos e isso podemos ver nos escritos do NT e em demais obras do primeiro século como I Clemente aos Coríntios e O Pastor de Hermas.

Não foi uma reforma

Objeção 2
Alguns chamam isso de REFORMA, mas reforma se dá quando você pega a fé que já existiu e sem modificar o sentido da uma ajeitadinha, mas quando você pega toda a fé, retira e bota outra forma de crê no lugar não é reforma e sim REVOLUÇÃO.

Resposta Apologética:

Essa objeção romanista é um tiro no próprio pé. Se baseia em anacronismo e se sustenta com pura ignorância. Primeiro porque Lutero e os reformadores não inovaram, nem retiraram nada da fé genuína, ortodoxa e original primitiva. Os reformadores, apontaram a tradição antiga da IGREJA CATÓLICA PRIMITIVA e não a suas próprias convicções. Eles apontaram as Escrituras e aos antigos pais da igreja, contra as INOVAÇÕES que na verdade Roma trouxe com o papado.

O leigo romanista autor do vídeo ignora que os clamores da reforma foram literalmente o que a nomenclatura REFORMA propõe, ou seja, "ato ou efeito de reformar, mudança para melhor, melhoramento, restauração, reparação, concerto, correção, contudo sem destruir ou substituir o que já existe". Nesse sentido, os reformadores se opunham ao que estava promovendo uma verdadeira substituição do cristianismo original, que era de fato a Instituição Papal com sua usurpação e atitude absolutista que já vinha há séculos corrompendo o cristianismo e introduzindo as mais diversas inovações anti bíblicas sob o rótulo de tradição da igreja.

Em segundo lugar, REVOLUÇÃO implica em mobilização em busca de mudanças sociais, econômicas e culturais e a Reforma trouxe exatamente isso, o que nada implica em violar a fé cristã ou corromper doutrinariamente a ortodoxia cristã. Repito, quem fez isso foi Roma Papal. 

Para além disto, segundo o Dicionário Houaiss a palavra revolução é datada do século XV e designa: "grande transformação, mudança sensível de qualquer natureza, seja de modo progressivo, contínuo, seja de maneira repentina"; "movimento de revolta contra um poder estabelecido, e que visa promover mudanças profundas nas instituições políticas, econômicas, culturais e morais". Logo quanto a isto, só um louco ignorante diria que o sistema papista da época era a melhor coisa numa sociedade encabrestada por uma instituição absolutista que ameaçava lançar as chamas quem lhe fosse contrario em qualquer assunto relacionado a questões políticas, sociais e econômicas, não só religiosas.

Portanto quem rompeu com a ortodoxia cristã e revolucionou a Igreja no péssimo sentido com heresias, paganisses e corrompendo a fé, foi o catolicismo romano ao longo dos séculos. O romanismo papal não deu apenas uma "ajeitadinha" e sim uma alteração progressiva a passos largos rumo a apostasia.

A Revolução Protestante

Objeção 3
Esse é o nome REVOLUÇÃO PROTESTANTE, mas vamos dizer que foi uma Reforma, sendo que mais a frente Lutero foi reformado por outro CALVINO e assim é até hoje(...)

Resposta Apologética:

O leigo romanista ainda ignora que a proposta da reforma foi exatamente o retorno aos princípios fundamentais cristãos, sem alterar a proposta original exposta no Novo Testamento. Se o ignorante católico romano vive de anacronismo achando que catolicismo romano e cristianismo como expressado no NT são uma e mesma coisa, o problema não é nosso, e sim de sua pouco instrução histórica quanto a verdade dos fatos tão bem expressados pelos reformadores. 

O Problema do romanista é que quer "definir" a reforma e julgar conhece-la pelos óculos da ignorância seletiva do papado e não pelo que de fato ela foi, um movimento que resultou beneficamente numa evidente revolução sócio-cultural econômica e política. Com certeza devido o fato de não ter sido focada em um só lugar, mas por diversas partes, a reforma causou uma verdadeira revolução por onde fez seu reclame ao retorno da ortodoxia primitiva. O que nada tem a ver com a alegação romanista de um reformador, SUBSTITUIR ou ROMPER com aquilo iniciado por outro reformar. 

Dessa forma como na França e Genebra por meio de Calvino, se desenvolve clamores idênticos na Suiça, por meio de Ulrico Zuínglio, e na Escócia por John Knox assim como na Holando por Guilherme de Orange ambos com os mesmos ideais que Lutero na Alemanha, o que mais tarde trariam em sua época e lugar, resultados condizentes as necessidades de cada região. Portanto sugiro ao romanista ir estudar para evitar fazer propagandismo barato de desinformação, o que só vem a enfraquecer o pouco conteúdo da apologética católica em defesa de suas pretensões históricas contra o protestantismo.

Milhares de denominações confusas e divididas

Objeção 4
Mais de 50 mil denominações que continuam a se dividir, todas usam a mesma Bíblia, com a falácia sobre o nome de Jesus, mas não se entendem entre si.

Resposta Apologética:

Esse trupe romanista contém equívocos sobre a quantidade de denominações protestantes e sobre o conceito de unidade. Quanto ao numero, os católicos confundem a diversidade dos imóveis congregacionais com diversidade de denominações e por sua vez, confundem isso com confissões ou tradições protestantes e por sua vez, passam a distorcer o conceito de unidade devido uma péssima compreensão do que seria na verdade divergência operacional, coisa existente inclusive no catolicismo romano. 

Sobre a unidade genuína, ela não é baseada em ser convergido e rotulado numa instituição que se julga monolítica, a unidade se consiste em ter comunhão no amor e na mesma fé como nos foi entregue uma vez por todas e nisso nos entendemos muito bem, não vê essa divisão apontada pelos romanistas em nosso meio. Ou eles não sabem o que é unidade, ou, não sabem o que é diversidade, ou ignoram o que sejam um e outro.

Para além disto...

I - O argumento católico sobre as denominações protestantes se baseia num tipo de objeção sustentada pela análise do numero de imóveis congregacionais. Ora, da mesma forma existem milhares de imóveis congregacionais do catolicismo romano espalhados por todo o mundo, todos com nomes diferentes. Numa mesma cidade podemos encontrar diversas igrejas católicas além da denominada Igreja Matriz. Os imóveis eclesiásticos do catolicismo romano diferem entre paróquias, mosteiros, basílicas e outros mais, todos com o nome diferente, acaso isso é significado de que existem milhares de denominações católicas diferentes umas das outras?  Um sinal de diversidade que invalide sua alegação de unidade?

II - É necessário observar que muitas das ditas "denominações protestantes" apontadas pelos romanistas sequer tem qualquer vínculo histórico ou doutrinal com o protestantismo e por isso é de uma extrema desonestidade e arrogância polêmica querer misturar todos no mesmo movimento protestante iniciado no século 16 e dizer que certas Igrejas são as genuínas herdeiras da reforma. Se tal alegação de generalização tiver validade, podemos então afirmar que igrejas como a ICAB (Igreja Católica Apostólica Brasileira), Veteros Católicos e outros grupos também invalidam a unidade católica romana, pois esses grupos se dizem católicos. 

III- Não há nenhuma fonte acadêmica que possa ser usada para sustentar a existência de 50 mil denominações protestantes, muito menos que mais de 1000 denominações divergem entre si doutrinariamente em questões fundamentais. Isso é um mero palpite católico romano, com a mesma validade que dizer que macumbeiros e kardecistas sejam católicos romanos por terem ambos as mesmas práticas com o uso de imagens e a crença no contato com pessoas desencarnadas. Na verdade a analise de 50 mil denominações sendo protestantes já refuta a ideia de divergência doutrinaria. Pois, como se chegou a evidência de que sejam todas protestantes? Não foi por analisar pontos em comum e ideias centrais que definem todas como protestantes? Sendo assim, como podem afirmar que todas são divergentes? Como podem afirmar que mesmo sendo divergentes, são protestantes, ou no caso, como podem afirmar que tal analise supostamente válida, seja evidência que corrobore  a alegação de desunião simplesmente por haver uma aparente diversidade?

IV- A World Christian Encyclopedia, de David A. Barrett - publicada pela Oxford University Press, em 1982 e 2001 calcula cerca de 33 mil denominações cristãs divididas nos seis blocos ou ramos da cristandade. Essa é a única fonte acadêmica que calcula um numero de denominações no mundo todo, contudo, não afirma que tal numero seja apenas de protestantes. Essa contabilidade são de denominações católicas, ortodoxas, anglicanas, protestantes, grupos independentes neo-pentecostais e pentecostais. De acordo com a Enciclopédia Cristã Mundial de Barrett, o mundo cristão consiste em 6 grandes blocos eclesiástico-cultural, divididos em 300 grandes tradições, composto por mais de 33.000 denominações distintas em 238 países. Portanto, onde o católico foi buscar esse numero de 50 mil denominações protestantes? 

Se a conta for feita pelo numero de imóveis congregacionais, então podem aumentar o numero, pois só a Batista do Sul nos EUA tem mais de 40 mil, contudo como denominação confessional, conta-se como UMA DENOMINAÇÃO e não 40 mil. A WCE contabiliza cerca de no máximo não mais que 30 confissões ou tradições, no caso ramos do protestantismo que constituem cerca de 9 mil denominações genuinamente protestantes em todo o mundo, excluindo dessa conta os anglicanos, e grupos neo-pentecostais independentes, e também seitas como Testemunhas de Jeová, Mórmons, e outros grupos sem qualquer vínculo com confissões ortodoxas da cristandade, que seriam aquelas que subscrevem as resoluções do cristianismo primitivo como as tomadas pelos concílios niceno-constantinopolitano.

Dentre as confissões, ou tradições, no caso, ramos do protestantismo, e em cada ramo suas representações operacionais distintas, no Brasil e no mundo temos: Luteranos, Presbiterianos, Congregacionais, Metodistas, Batistas, e o protestantismo de orientação pentecostal representado pelos assembleanos e quadrangulares e o denominado protestantismo restauracionista, representado pelos adventistas. Portanto, no máximo 8 grupos principais, ao menos no Brasil que ampliamos para no máximo 9, contando as representações a partir dessas confissões principais. 

Qual a divergência entre estas denominações? Questões operacionais apenas, assim como as igrejas no inicio da era cristã, nenhum conflito doutrinário fundamental com exceção dos Adventistas que infelizmente, eles mesmos se consideram como uma Igreja exclusiva, ou seja, são como as seitas Tjs e o próprio catolicismo romano, contudo eu os citei como protestantes pois assim eles são contabilizados nos dados da WCE. 

V- Quanto as principais crenças que definem um cristão protestante, não há divergência alguma. Todos os supra-citados concordam no que compete a:

  1. Divindade de Cristo, Jesus é Deus, mas não o Pai nem o Espirito Santo;
  2. Humanidade de Cristo, Jesus é 100% homem, nascido da virgem Maria;
  3. Personalidade e Divindade do Espírito Santo, o Espirito Santo é Deus, mas não é o Pai nem o Filho;
  4. O Pai é Deus, perfeitamente bom que em santo amor criou, sustenta e governa todas as coisas;
  5. Autoridade, Inspiração divina e suficiência das Escrituras;
  6. Suficiência de Cristo quanto a nossa salvação;
  7. Juízo Final, Condenação dos ímpios;
  8. Vida Eterna dos salvos e remidos em Cristo;
  9. Necessidade do Batismo;
  10. Igreja como organismo e não como organização, católica como corpo de Cristo composto por todos os cristãos, de todas as eras, lugares, raças, povos, e denominações que mantém a ortodoxia do evangelho e o depósito da doutrina apostólica como exposto no Novo Testamento.
  11. Existência de Anjos e Demônios;
  12. Arrebatamento;
  13. Culto exclusivo a Deus;
  14. Canon de 66 livros da Bíblia;
  15. Pecado original;
  16. Importância da Ceia ministrada aos membros;
  17. Sacrifício de Cristo na Cruz em nosso resgate pra nos salvar, libertar, lavar, batizar, confirmar e nos levar pro céu.

Essas são as doutrinas fundamentais que todo protestante professa. Onde os católicos foram buscar milhares de doutrinas? Estas acima são as convicções baseadas no sola scriptura que todo protestante confirma como sua fé, seja ele Batista, ou Presbiteriano, Pentecostal ou Metodista. 

Portanto é pura desonestidade querer empurrar adeptos do mormonismo, russelismo e gnosticismo como protestantes, pois estes não consideram o sola scriptura de fato e verdade. Na verdade sequer consideram os genuínos protestantes como cristãos, são exclusivistas tanto quanto a Igreja de Roma e assim como ela, fazem de sua organização seu verdadeiro guia infalível, e não as escrituras, assim como também negam e conflitam com diversos pontos fundamentais acima como a divindade de Cristo. 

Nisso é importante lembrar um documento primitivo muito importante sobre o que define uma igreja como cristã. Trata-se do Édito de Tessalônica do ano 381. Nele se diz oficialmente que : "de acordo com a disciplina apostólica e a doutrina evangélica, que há um Deus, Pai, Filho e Espírito Santo, em igual Majestade e uma santa Trindade. Ordenamos que aqueles que seguem esta doutrina recebam o título de Cristãos Católicos, mas os outros, nós os julgamos serem loucos e delirantes e dignos da desgraça resultante do ensinamento herético, e as suas assembleias não são dignas de receber o nome de igrejas"[Dado na terceira calenda de março em Tessalônica, Graciano e Teodósio sendo cônsules].

Quanto a isso, as igrejas protestantes não tem o que discordar, assim como não discordam de nenhum dos 17 pontos citados acima. Para além disso, a maioria das divergências entre protestantes, estão relacionadas com questões não essenciais a salvação. Divergem entre coisas que embora sejam mais ou menos importantes, todavia não determinam a autenticidade da fé em Cristo. Como e é o fato do falar em línguas, usos e costumes, batismo infantil ou após certa idade, organização eclesiástica e coisas deste tipo que sempre, desde o inicio da igreja houve e jamais indicou desunião entre as igrejas.

Apologista católico desmente calúnia sobre denominações protestantes

Por fim, detonando de vez essa alegação absurda quanto as denominações protestantes, temos o Scott Eric Alt que além de oblato beneditino, também é cavaleiro de terceiro grau da maior organização de católicos do mundo, a Ordem de Colombo e como apologista católico e mestre em literatura inglesa,  escreve para a mais antiga revista católica dos Estados Unidos a National Catholic Register e é nela que este ex-protestante convertido ao catolicismo refuta a falácia de muitos católicos em terras tupiniquins acerca das denominações protestantes.

Em seu artigo sob o título "Precisamos parar de dizer que existem 33.000 denominações protestantes", Scott afirma que, essa alegação é um mito que se propagou pela força da repetição, e é citado e recitado pelo reflexo; mas baseia-se numa fonte que, mesmo os católicos terão que reconhecer, depende de uma definição muito fraca da palavra "denominação". E assim, ao se deparar com a cantinela romanista sobre a suposta existência de mais de 33 mil denominações protestantes, Scott decidiu rebater o mito mostrando quão é exagerada e ingênua tal alegação e não passa de um cálculo extravagantemente falso. Leia mais sobre isso em: Apologista católico desmente alegação sobre existir mais de 33 mil denominações protestantes

Unidade que se resume em atacar

Objeção 5
notem que só se entendem quando o assunto é CONDENAR A IGREJA CATÓLICA, qualquer pessoas de bem e bem intencionada desconfiaria disso, o quando a Igreja Católica é rejeitada, perseguida e condenada.

Resposta Apologética:

Essa objeção romanista não passa de vitimismo sintomático hipócrita com tanto valor quanto o que enterra um gato. Não precisamos condenar a Igreja Romana, esse papel é feito por ela mesma. Não temos culpa se o catolicismo decreta coisas do tipo como considerar os milhões de cristão não romanos como hereges e cismáticos, simplesmente porque negam muitas das ditas "verdades" da fé católica romana, e por não se submeterem ao papado, e só reconhecerem a Jesus Cristo como autoridade máxima da Igreja.

É isso o que Roma afirma contra todos os protestantes. Quem iniciou a propaganda de condenar, rejeitar e perseguir alguém aqui, foi o catolicismo, que afirma em seu Direito Canônico: "Depois de recebido o batismo, se alguém, conservando o nome de cristão, nega algumas das verdades que se devem crer com fé divina e católica ou dela duvida, é HEREGE. Se afasta-se totalmente da fé cristã, é APÓSTATA. Se recusa submeter-se ao Sumo Pontífice (o Papa) ou tratar com os membros da Igreja aos quais está sujeito, é CISMÁTICO" (Direito Canônico 1.325, párag. 2).

Portanto se nós, em resposta a Roma, rejeitamos seus abusos e denunciamos sua apostasia, e professamos que pouco nos importamos com suas pretensões e as refutamos devidamente, logo, tem de ser muito cretino para nos acusar de sermos unidos apenas no que se refere a repudiar o catolicismo romano. Os romanistas devem entender que nós repudiamos o sistema apostata do catolicismo romano e suas heresias, e sua pretensão e ousadia em se impor como único e exclusivo detentor das características de uma igreja cristã mesmo com tantas evidências de que ela jamais foi o que alega ser.

Todavia não nutrimos nenhum tipo de ódio, ojeriza, nojo, rancor, repulsa e rejeição pelos católicos romanos. Mas, no entanto, são eles, os católicos romanos que na verdade são unidos em nos caluniar e nos demonizar com suas mentiras orquestradas e forjadas sob o manto da unidade papal. Toda a unidade católica consiste em ódio, ojeriza, rancor, repulsa, e rejeição não pelo pecado, heresia ou a mentira, mas por protestantes. Isso porque OFICIALMENTE nos consideram como hereges, serpentes, apostatas e cismáticos, sendo que historicamente, essa culpa recai sobre eles e não sobre nós. Mas, segundo eles, a unidade com o papa os livra desses erros. Novamente pergunto, foram buscar tudo isso em Mateus 16:18? Ora, não deveriam reclamar se rejeitamos suas pretensões que de base bíblica nada tem, e deveriam fazer um favor a eles mesmos, não tomando nosso zelo verdade como um ataque a sua Igreja.

Unidade no cristianismo

Objeção 6
Roma é a única igreja que em 2000 mil anos insiste em existir de forma unida.

Resposta Apologética:

Quem tem dois mil anos é o cristianismo e não a Igreja em Roma, muito menos seu sistema papista que se auto proclama como único representante do cristianismo. É do cristianismo que todos fazemos parte e nem mesmo a igreja antiga e primitiva era UNIDA caso o falar em UNIDADE seja como algo UNIFORME como supostamente proclama ser o romanismo, isso é pura ignorância. 

O que mais vemos na igreja antiga são disputas, divergências, diversidades, já na era apostólica, e mais tarde, como as que haviam entre as escolas de Alexandria e Antioquia, que nem mesmo os ditos papas puderam conter. Por diversas vezes, houve desavenças que causaram rompimentos entre as igrejas isso nos primeiros mil anos, exemplo disso são os arianos( de Ário), os nestorianos( de Nestório e A Escola Teológica de Antioquia), os monofisistas( Escola Teológica de Alexandria), os monotelistas (defendido pelo papa Honório), os modalistas (de Sabélio). Todos esses e outros grupos surgiram dentro do cristianismo primitivo, todos os seus expoentes eram tão cristãos e sucessores apostólicos quanto qualquer bispo genuinamente ortodoxo da Igreja. DIZER QUE O CRISTIANISMO PRIMITIVO ERA UNIDO EM UMA UNIFORMIDADE DE PENSAMENTO SOB A AUTORIDADE DE UM CLERO CHEFIADO POR UM BISPO EM ROMA COM UM MAGISTÉRIO INFALÍVEL, é de uma tolice ignorante de merecer gardenal na veia.

Única coisa que era parte que evidenciasse a unidade, era a fé em CRISTO. No mais, nem mesmo os grandes e mais importantes concílios foram dirigidos ou convocados pela igreja de Roma e sim por imperadores do Ocidente e Oriente para manter a unidade do império dependente agora da conformidade do cristianismo que de certa forma dependia da uniformidade entre as mais diversas igrejas que existiam e que sempre levantavam questões divergentes e conflitantes. O que mantinha a igreja unida eram os concílios ecumênicos, e não uma autoridade centralizada em Roma com poderes de jurisdição sobre a cristandade tendo seu bispo como chefe de toda a Igreja. 

Historicamente a Igreja em Roma surgiu muito depois que diversas outras igrejas no oriente médio. Sequer foi fundada por Pedro e Paulo como afirma Irineu, pois na verdade, Paulo antes mesmo de ir a Roma, enumera cerca de 6  igrejas domésticas em Roma, fundadas por judeus cristãos desconhecidos, depois do pentecostes. Pedro lá chega no fim de sua vida, jamais exercendo qualquer função de bispo por lá. Aliás, função inexistente em Roma era a de Papa. Isso é evidenciado nas cartas de I Clemente aos Corintios e O Pastor de Hermas, ambas do primeiro século e por Inácio sucessor de Pedro em Antioquia, que cita funções como de bispos e presbíteros, mas jamais BISPO DE BISPOS. A história nos mostra muito bem que a Igreja em Roma era direcionada por um colégio de presbíteros, que dirigiam diversas igrejas espalhadas por toda a Roma antiga sem qualquer evidencia de um colégio centralizado e governado por um só bispo, em uma sede.

Foi bem mais tarde a partir dos séculos 9 e 10 por questões politicas supostamente necessárias depois de Oto I, que a Igreja Romana, a partir da Reforma de Cluny na França passa a fortalecer o papado. Atribui-se a integridade e exito da igreja a necessidade de a subjugar ao Bispo de Roma, e para isso, teria de também subjugar o poder secular, dos reis e toda a Europa ao PAPADO, se quisessem fazer da Igreja Romana a senhora do mundo. 

Para além disto, séculos mais tarde Roma não tinha qualquer reconhecimento de jurisdição universal, muito menos suas decisões eram impostas a outras igrejas. Pelo contrario, inúmeras vezes, Roma teve decisões rejeitadas e foi corrigida por bispos de outras igrejas. Seu bispo jamais foi reconhecido, senão apenas por Roma como de juri líder de toda a Igreja e quando assim quis se passar diante dos demais, causou diversos cismas e as maiores desgraças morais na Igreja ainda piores do que as tentou eliminar antes da reforma pretendida pelos partidários do mosteiro de Cluny. 

No ocidente, as pretensões de aumentar o poder do bispo de Roma, tiveram certo êxito e conseguiu manter certo prestigio mesmo enfrentando uma guerra de quase 50 anos com o Império Germânico, até que deu de cara com outro cisma devido seus abusos, e daí tivemos a Reforma Protestante que mostrou por diversas formas que o CATOLICISMO ROMANO nem de longe poderia ser tomado como o mesmo CRISTIANISMO PRIMITIVO, portanto, ficou bem evidente que o CATOLICISMO ROMANO PAPAL como o que se apresenta hoje, nada mais é que uma construção tão tardia quanto a própria rival Igreja Ortodoxa, ambas surgidas depois do GRANDE CISMA, onde o que ANTES ERA DENOMINADO IGREJA CATÓLICA, a partir de 1054 passa a ter duas representações, ambas se dizendo ÚNICA E VERDADEIRA IGREJA negligenciando que a catolicidade, ortodoxia, e genuinidade de uma igreja jamais em mil anos iniciais fora discernido como algo exclusivo a qualquer igreja em particular, mas sim por toda aquela que mantém em si o zelo e a preservação pela doutrina apostólica sem acréscimos e distorções, seja ela fundada em 33 na palestina ou ontem mesmo na esquina de qualquer cidade. 

A unidade no catolicismo x protestantismo

A unidade do catolicismo romano não passa de uma fábula pessimamente propagada se tomarmos como critério a mesma análise que fazem do protestantismo. Embora todas as genuínas denominações protestantes mantenham comunhão entre si, e confessem as mesmas doutrinas fundamentais, ainda assim, a falaciosidade dos romanistas nos acusa de divisão devido nossa diversidade denominacional e divergências operacionais. Tamanha falácia já foi refutada por mim (aqui). E sobre isso, vou expor algumas observações para concluir mais esta refutação a esta sexta objeção romanista.

I - Os distintivos das várias denominações protestantes, referem-se à questões teológicas como as doutrinas da graça, o governo da igreja, a administração dos sacramentos, os dons carismáticos, e escatologia (profecia). Não minimizamos a importância destas doutrinas, pois existem implicações práticas e espirituais significativas. No entanto, a crença ou não em um reino milenar terreno não exclui ninguém da igreja universal de Jesus Cristo. Crer ou não se Deus predestina ou não alguém pra ser salvo ou condenado ao inferno também não exclui ninguém da comunhão cristã. Aliás, estes mesmos pontos de vista foram predominantemente discutidos na igreja primitiva também.

II- Todos os protestantes, desde os presbiterianos, batistas e calvinistas assim como os pentecostais clássicos, defendemos a autoridade máxima das Escrituras, a Salvação pela Fé, a Salvação pela Graça, a Salvação somente por Cristo. Também cremos na Trindade e no conhecido "Credo Apostólico". Nós cremos que existem apenas 2 sacramentos (ou "ordenanças", como chamam os batistas), enquanto a ICAR defende 7 sacramentos.  Além disso, todos nós compartilhamos das resoluções de 2 dos primeiros grandes Concílios da igreja: somos Niceno-constantinopolitanos. Ou seja: subscrevemos a decisão do Primeiro Concílio de Nicéia e do Primeiro Concílio de Constantinopla. Eis a nossa unidade. Todos nós nos tratamos como irmãos, a despeito de divergências doutrinárias.

Portanto, se ainda assim os católicos mantém e insistem que protestantes sejam desunidos por não serem submetidos a uma autoridade dita infalível e organizados em uma estrutura monolítica, então, a julgar o sistema pelo seu fruto, podemos perceber que a Igreja Romana não é mais unida na fé e no amor do que o resto da cristandade e sua unidade de fato não passa de uma fábula.

III- Facções, lutas, inveja e discórdia entre os próprios católicos existem há séculos, isso muito antes do protestantismo. Há rivalidade entre os diversos grupos, movimentos, associações e ordens dentro da própria Igreja Católica. São dezenas de Igrejas Católicas, ordens e ritos operacionais divergentes uns dos outros. O espectro vai desde:

  1. Monjas do claustro e monges trapistas (que passam o tempo todo em silêncio);
  2. Renovação Carismática;
  3. Opus Dei;
  4. Tradicionais;
  5. Liberais Católicos:
  6. Neo-catecúmenos;
  7. Jesuitas;
  8. Franciscanos;
  9. Dominicanos;
  10. Agostinianos;
  11. Capuccinos;
  12. Cartuxos;
  13. Carmelitas;
  14. Clarissas;
  15. Beneditinos;
  16. Oratorianos;
  17. Celestes;
  18. Cistercienses;
  19. Mercedários;
  20. Servitas;
  21. Concepcionistas;
  22. Premonstratenses;
  23. Trapistas;
  24. Visitandinas;
  25. Crúzios;
  26. Escolápios;
  27. Somascos;
  28. Teatinos;

Além destas diferentes ordens acima, todas com significativas diversidades, há ainda diversas Igrejas que são católicas romanas, mas diferem em seus ritos umas das outras da mesma forma que na questão operacional, o protestantismo tem diversas igrejas que diferem umas das outras. 

Por exemplo, a Igreja Católica de Milão segue o rito ambrosiano, difere de todas as outras igrejas católicas em coisas como forma de realizar missa, Ano Litúrgico onde a Quaresma começa quatro dias depois da Romana, logo não tem a Quarta-feira de Cinzas e o Carnaval continua até o sábado. O Batismo também é realizado de forma diferente, não se usa a ablução mas a imersão da cabeça no Batismo de crianças. Ao todo são mais de 20 diferenças com o rito oficial da Igreja Romana que não é praticado pela Arquidiocese de Milão. que por sua vez, também da Arquidiocese de Braga em Portugal, que não segue nem o rito de Milão, nem o de Roma, e muito menos do da Igreja Católica de Lion, na França, que segue um rito celta desde o século IX. Estas por sua vez, diferem uma das outras em sua forma operacional, de mais outra Igreja Católica, a Arquidiocese de Toledo na Espanha, que segue o mesmo rito adotado por uma Igreja Anglicana da Espanha, a Igreja Espanhola Reformada Episcopal, trata-se do rito moçarabe. Estas por sua vez diferem no ocidente de Igrejas que seguem a ritualística dos Cartuxos, e do Rito Anglicano, praticado por Igrejas que antes eram Anglicanas principalmente nos EUA e que se submeteram a Igreja Romana.


Todas essas acima, são literalmente denominações do catolicismo romano, todas com diferenças operacionais, há ainda outras tantas diferentes destas no rito dito oriental, como tradição litúrgica alexandrina, antioquiana, maronita, siríaca, armênia, bizantina e caldeia São mais de 20:

  1. Igreja Católica Copta
  2. Igreja Católica Eritrea
  3. Igreja Católica Etíope
  4. Igreja Maronita
  5. Rito litúrgico siríaco
  6. Igreja Católica Siro-Malancar
  7. Igreja Católica Siríaca
  8. Tradição Litúrgica Arménia
  9. Igreja Católica Arménia
  10. Igreja Greco-Católica Ucraniana
  11. Igreja Católica Bizantina Bielorrussa
  12. Igreja Católica Bizantina Albanesa
  13. Igreja Católica Bizantina Eslovaca
  14. Igreja Católica Bizantina Húngara
  15. Igreja Católica Bizantina Rutena
  16. Igreja Greco-Católica Croata
  17. Igreja Greco-Católica Romena
  18. Igreja Greco-Católica Melquita
  19. Igreja Católica Bizantina Grega
  20. Igreja Católica Búlgara
  21. Igreja Católica Bizantina Russa
  22. Igreja Greco-Católica Macedónica
  23. Igreja Católica Ítalo-Albanesa
  24. Igreja Católica Caldeia
  25. Igreja Católica Siro-Malabar

Vejam que existem diferenças significativas entre os grupos católicos, igrejas católicas, ritos católicos, ordens católicas, especialmente entre as facções conservadoras e modernistas isso sem contar que essas dezenas de divisões católicas todas vem divergindo em muita coisa com diversas diferenças operacionais. Mas segundo os católicos, nós protestantes é que somos desunidos por termos essas mesmas divergências operacionais? Como podem ser tão lesados com uma objeção ridícula como esta que na verdade também implica em praticamente invalidar sua suposta unidade?

Na questão doutrinária então, existem também disputas que se desenrolam há séculos no catolicismo:

  1. Franciscanos radicais x Franciscanos conventuais: isso gerou uma guerra onde os franciscanos radicais foram mortos.
  2. Franciscanos x Dominicanos: essa disputa se dava no campo filosófico. Os franciscanos tinham tendencias neoplatonicas e os dominicanos, tendências aristotélicas.
  3. Franciscanos x Jesuítas: os jesuítas foram expulsos do Brasil.
  4. Jesuítas x Jansenistas: os jansenistas foram sufocados pelos jesuítas.
  5. Tomistas x molinistas: a problemática a respeito da predestinação.
Se com toda essa diversidade e divergência operacional no catolicismo ainda assim eles alegam UNIDADE no sentido de UNIFORMIDADE, e criticam nossa diversidade nos mesmos pontos em que eles estão implicados, já temos mais uma detecção de quem na verdade gosta de caluniar, perseguir e condenar, e evidentemente são os católicos que de tão desesperados em se validar, nos acusam daquilo que eles são há séculos, desunidos e divergentes, mantêm na verdade uma falsa unidade sob o papado, mas quando olhamos de perto, percebemos que de maneira alguma são mais unidos do que nós.

Recorrendo a textos bíblicos sobre unidade

Para fechar nossas respostas às 6 primeiras objeções que abrem a descrição do vídeo sobre A Face Oculta de Lutero, finalizo com observações aos textos que o romanista usa mas que com certeza ele apenas repete como um papagaio que mal compreende o que diz. 

O que a Bíblia diz a respeito de Jesus e a Igreja?
Colossenses, 1:18. Ele é a Cabeça do corpo, que é a Igreja; é o princípio, Primogênito dentre os mortos, de sorte que em tudo tem a primazia.

Resposta: O erro romanista é interpolar no texto o termo Igreja de Roma. E daí raciocinar que o CORPO DE CRISTO seja exclusivamente sua igreja romana.

Com base na passagem acima veja!
I Coríntios, 12:20. Mas, de fato, há muitos membros e, no entanto, um só corpo. 21. O olho não pode dizer à mão: "Não preciso de ti", nem a cabeça dizer aos pés: "Não preciso de vós".

Resposta: Esse texto na verdade desmonta a fábula romanista, pois quem na verdade sendo no máximo parte do corpo e alega não precisar dos outros membros, é ROMA e não nós. O texto diz que há um só corpo, cada comunidade, cada cristão é parte do corpo. Novamente o erro romanista é enxergar no texto, Igreja Romana como sendo uma e mesma coisa que o CORPO INTEIRO e pior, como a cabeça.

Unidade e uma só igreja
Efésios, 4:4. Há um só corpo e um só Espírito, como também é uma só a esperança à qual fostes chamados. 5. Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo

Resposta: Nenhum protestante nega isso, novamente esse erro recai sobre católicos romanos que tem sua Igreja em Roma como sendo a CORPO exclusivo de Cristo e pra piorar, tem diversos senhores a se apegar e uma senhora sob diversas caras e gostos posta acima do SENHOR DA IGREJA. Evidentemente nós não somos chamados a isso. 

ALERTA PARA NÃO PARTICIPAR DA DIVISÃO!
I Coríntios 12:25.para que não haja divisão no corpo, mas, pelo contrário, os membros sejam igualmente solícitos uns pelos outros.

Resposta: Quem mais causou divisão na cristandade, para desgraça dos tolos romanistas, foi o papado sempre solicito a si mesmo, a quem eles juram fidelidade como se isso validasse sua falsa alegação de unidade. 

O QUE DIZ A BÍBLIA EM RELAÇÃO A DIVISÃO
São Mateus, 12: 25. Conhecendo seus pensamentos, Jesus lhes disse: "Todo reino internamente dividido ficará destruído; e toda cidade ou família internamente dividida não se manterá.

Resposta: As igrejas genuinamente tidas como protestantes que mantém o zelo pela ortodoxia cristã, há 500 anos manda lembranças ao catolicismo romano tardio e apostata que cada vez mais vem decaindo na desgraça de suas heresias e se divide a cada dia, e com muito custo mantém sua falsa aparência de unidade. Talvez os tridentinos e carismáticos deixem de se digladiar, assim como olavetes e leitonianos, e daí o catolicismo possa por mais algum tempo manter a fábula da unidade que tanto alegam manter.

São Lucas 11,17
Mas, conhecendo seus pensamentos, ele disse-lhes: "Todo reino dividido internamente será destruído; cairá uma casa sobre a outra.

Resposta: Conte-nos como andam as mais diversas ordens, igrejas, ritos, facções e grupos católicos divergentes entre si, e daí o romanista entenderá que é melhor a diversidade pela verdade do que ser unido na mentira. Portanto, a aparente unidade da Igreja Católica Romana que alegam, é pura ilusão. A suposta união que há, é no que se refere a estrutura e organização, mas há divisões sérias em todos os níveis.

Quanto a nós protestantes, podemos não ser todos organizados em uma estrutura monolítica, e em um sistema dito infalível de interpretação, todavia nos consideramos irmãos, temos entre nós o entendimento que todas as igrejas acima mencionadas como protestantes e ainda outras que mantém a ortodoxia cristã., como membros do Corpo de Cristo, ambas como parte da Igreja do Senhor, formando a verdadeira Igreja Católica, e não nos excomungamos por questões de divergência operacional nem mesmo por questões circunstanciais doutrinárias como fez Roma e as igrejas orientais. Nós temos verdadeira união e comunhão no que compete a VERDADE de que: FORA DE CRISTO NÃO HÁ SALVAÇÃO.

Lutero antissemita

Ainda na descrição do vídeo, menciona-se acerca do antissemitismo de Lutero com supostas citações de sua autoria.

Objeção 7 
Martinho Lutero foi anti-semita: Como era o pensamento de Lutero (Fundador do Protestantismo)?
Lutero afirmou que os judeus já não eram o povo eleito, mas o "povo do diabo". A sinagoga era como "uma prostituta incorrigível e uma devassa maléfica" e os judeus estavam "cheios das fezes do demónio,... nas quais se rebolam como porcos". Lutero aconselhou as pessoas à incendiarem às sinagogas, destruindo os livros judaicos, proibir os rabinos de pregar, e apreender os bens e dinheiro dos Judeus e também expulsá-los ou fazê-los trabalhar forçosamente. Lutero também parecia aconselhar seus assassinatos, escrevendo: "É nossa a culpa em não matar eles."

Resposta Apologética:

O autor do vídeo faz a mesma alegação que todo romanista leitor de blog de fundo de quintal e preguiçoso intelectual faz, cita sobre os escritos de Lutero em "Dos Judeus e Suas Mentiras", que na verdade são alegações já muito bem respondidas por mim mesmo, (aqui) e (aqui) onde mostro historicamente que na verdade CATÓLICOS DO SEU TEMPO ainda eram muito piores que Lutero em suas declarações. Papas, pais da Igreja, escolásticos e mais de 15 concílios da Igreja Romana fizeram as mesmas declarações que Lutero. O próprio Hitler afirmaria que estaria fazendo o que a Igreja Católica fazia há séculos contra os judeus. Aliás... podem ver este gráfico de comparação aqui abaixo....

Catolicismo Nazismo
Sínodo de Elvira, 306d.C - Proibição de casamentos e relações sexuais entre cristãos e judeus e proibição aos judeus de comerem junto com cristãos. Em 15 de setembro de 1935 - O nazismo fez o mesmo, criando a lei de proteção ao sangue e honra dos alemães.
Sínodo de Clermont, 535d.C - Exclusão dos judeus de todas as funções públicas 7 de abril de 1933 - O Nazismo fez o mesmo, criando a Lei para a restauração do serviço público profissional.
Sínodo de Orleans, 538d.C - Proibição aos judeus de terem empregados cristãos. 15 de setembro de 1935 - O Nazismo fez o mesmo, reforçando sua Lei para a Proteção do Sangue Alemão e Honra Alemã.
Sínodo de Orleans, 538 d.C - Proibição aos judeus de aparecerem nas ruas durante a Semana Santa. 03 de dezembro de 1938 - O Nazismo fez o mesmo, com um decreto que autorizava as autoridades locais proibirem os judeus de aparecem nas ruas durante certos feriados.
XII Concilio de Toledo, 681 d.C - Destruição do Talmud e outros livros judaicos. Os nacionais-socialistas fizeram o mesmo em toda a Alemanha.
Sínodo de Trulanic, 692 d.C - Proibição aos cristãos de se tratarem com médicos judeus. 25 de Julho de 1938 - Cria-se um decreto nazista estabelecendo o mesmo.
Sínodo de Narbonne 1050d.C - Proibição a cristãos de conviverem com familias judias. 28 de dezembro de 1938 - O nazismo faz o mesmo, criando a Diretiva de Goering, proibindo a concentração de judeus em casas residências arianas.
Sínodo de Szabolcs, 1092d.C - Proibição de trabalhar aos domingos. Idem
III Concilio de Latrão, 1179Od.C - O Canon 26, proibe os judeus deporem contra cristãos em tribunais. 9 de setembro de 1942 - O nazismo faz o mesmo, com a Proposta de Chancelaria do Reich, impedindo os judeus de executarem ações civis na Justiça.
Terceiro Concílio de Latrão, 1179d.C - Judeus são pribidos de receber herança de cristãos. 31 de Julho de 1938 - Novamente, o nazismo toma a mesma medida. Criando um decreto que permite ao Ministério da Justiça substituir as vontades que ofendem o "bom senso das pessoas".
Quarto Concílio de Latrão, 1215d.C - Estabelece o uso obrigatório de um símbolo a ser usado pelos judeus em sua vestimenta como marca de identificação. 01 de setembro de 1941 - O nazismo faz o mesmo.
Concilio de Oxford, 1222d.C - Proibição de construir novas sinagogas. idem
Sínodo de Viena, em 1267d.C - Proibição a cristãos de assistirem as cerimônias judias. E judeus são proibidos de discutir doutrinas da religião cristã com cristãos do povo. 24 de outubro de 1941 - O nazismo faz o mesmo, proibindo aos arianos de manterem quaisquer relações asmistosas com os judeus.
Sínodo de Breslau, em 1267d.C - Se estabelece o confinamento de judeus em Guetos obrigatórios. 21 de setembro de 1939 - Inicia-se a Ordem de Heydrich, definindo o aprisionamento de judeus em guetos.
Sínodo do Ofen, 1279d.C - Proibição aos cristãos de venderem ou alugarem bens imobiliários a judeus. Idem
Sínodo de Lavour, 1368d.C - Proibição de vender ou transferir aos judeus objetos pertencentes à Igreja. Proibição de vender ou transferir aos judeus objetos pertencentes ao estado nazista.
Concílio de Basiléia, 1434d.C - Proibição a judeus de agirem como intermediários em transações comerciais, imobiliárias ou contratos de casamentos. Idem
Concílio de Basileia, 1434d.C - Proibição de dar títulos acadêmicos a judeus. 25 de Abril de 1933 - O mesmo faz o nazismo, retirando os judeus de todas as escolas e universidades.
Fonte: Raul Hillberg, A destruição dos judeus da Europa. Historiador, César Vidal Manzanares.

Conclusão

E assim finalizo esta primeira parte de minha resposta a essa mania birrenta que os católicos tem em nos difamar e depois alegarem que nós os atacamos. O vídeo deles, tem mais de 15 minutos de mentiras caluniosas, difamações hipócritas. Deveriam eles se preocupar com seus papas antissemitas como Inocêncio III, Paulo IV, Pio V, Pio VI, Gregório IX. Deveriam os católicos se ater a seus papas hereges como Honório que foi excomungado pelos orientais, ou deveriam se lembrar de seus papas pervertidos como Alexandre VI, os imorais como Sergio III, os assassinos como João XII. Deveriam se encher de vergonha por serem hipócritas com alegações lamuriosas apontando erros no protestantismo que existem em maior numero e grau há séculos no catolicismo romano, revelando por si, que em nada se sustenta as pretensões da Igreja Romana em ser a única e exclusiva Igreja de Cristo.


Att: Elisson Freire


Nota: Peço encarecidamente ao autor do vídeo ou qualquer outro católico romano, que me poupe de futuramente recorrer a velhas respostas já refutadas, tenha a decência de checar neste site e comprovar que qualquer tentativa romanista de recorrer a algumas objeções aparentemente relevantes contra o que afirmo nesta replica, já foram fartamente refutadas, basta conferir na sessão de Temas do site, categorias sobre Lutero e Refutações.



Licenciado e Pós-graduado em História. Bacharelando em Teologia. Cristão de tradição batista e acadêmico em apologética cristã...
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1 comentário

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  1. Prezado irmão Elisson Freire,

    infelizmente a cegueira espiritual dos católicos romanos é enorme. Preferem que seus sacerdotes sejam castos à vista de todos, e no reservado abusem de criancinhas como ocorreu nos Estados Unidos (e em outros países). E ainda tem a petulância de dizer que o cristianismo católico tem crescido por lá, mentira que você já refutou em outro post. Preferem distorcer o que Lutero escreveu, pegando linhas, fazendo uma interpretação descontextualizada e tudo o mais que for preciso para desmoralizar o mesmo ao invés de se retratar de toda a violência, no sentido lato, que foi feita por seu representantes legalmente instituídos contra pessoas de outras crenças e até mesmo católicos, uma vez que os abusos sexuais foram cometidos contra crianças católicas, pois não existem coroinhas em Igrejas Evangélicas.

    Acho muito engraçado não aparecer ninguém pra defender a apologética católica em seu site. (medo? vergonha?)

    Deus te abençoe em nome de Jesus.